Presente na vida dos portugueses há 160 anos, a Água do Luso não se limita a liderar o mercado no seu segmento. Com uma estratégia de sustentabilidade assente em várias frentes, confere particular atenção à perpetuação deste recurso, como forma de “servir os portugueses e as gerações futuras”, como refere, em entrevista, Luis Prata, Director da Unidade de Negócios de Águas e de Refrigerantes da Central de Cervejas
Enquanto responsável pela Unidade de Negócios na qual se insere uma água mineral natural cuja marca tem mais de 160 anos, que principais investimentos têm sido feitos, no que respeita à I&D da Água Mineral Natural do Luso? Produzimos ainda a Formas Luso e a Ritmo Luso (inovações mundiais). Como marca líder, temos a responsabilidade de sermos os primeiros a inovar e a responder às necessidades dos nossos consumidores. A inovação global da empresa [Central de Cervejas e Bebidas – SCC)] já significa cerca de 15% do nosso negócio e é fundamental para o crescimento de uma empresa. A redução da gramagem do PET nas embalagens da marca Luso tem sido uma das principais preocupações em termos ambientais da marca. Como tem sido a evolução nesta área em específico? A Água de Luso iniciou, em 1997, um plano de optimização das suas embalagens com o objectivo de encontrar alternativas ao nível do design das garrafas PET que permitissem obter redução de peso, mantendo o seu desempenho em toda a cadeia logística, bem como a sua funcionalidade para o consumidor. A esta ferramenta chamamos ECO DESIGN. A implementação deste plano representou uma redução de 27% no peso das embalagens, uma redução de consumo de resina PET de 2.500 toneladas e uma diminuição das emissões de CO2 no transporte. A Água de Luso, enquanto marca, tem demonstrado uma preocupação acrescida no que respeita à sua sustentabilidade. Que tipo de exemplos elenca no sentido de espelhar esta preocupação em específico? Um exemplo na área dos Recursos é o respeito pelos limites à exploração de cada captação, tendo como objectivo central a preservação, quantitativa e qualitativa, do recurso hidromineral. Temos também programas de responsabilidade social (na comunidade e no geral) e ainda a Fundação Luso, que tem como objectivo contribuir para o progresso do conhecimento e da informação relacionados com a Água e a Saúde Humana, para a Preservação do Património Hídrico e Natural do Luso, bem como para o Desenvolvimento Sustentável da Comunidade desta região. A sua actividade pretende servir os Portugueses e, especialmente, as gerações futuras. A Água do Luso foi eleita Marca de Confiança pelos Consumidores, sendo também a única marca do mundo a receber a licença de utilização de Marca Produto Certificado. A seu ver, que principais atributos contribuem para esta eleição? Num processo, conduzido inicialmente pelo Instituto Português da Qualidade, a que se associaram a Direcção Geral de Saúde, o Instituto Superior Técnico, a Universidade de Coimbra, a Universidade Católica do Porto, o Instituto Geológico e Mineiro e o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, foi elaborada uma Especificação Técnica de elevado grau de exigência, que faz a distinção clara entre o “estar no mercado das águas” e ter esta licença, desde 2000, para uso da Marca “Produto Certificado”. Neste contexto, o rigoroso controlo interno, que compreende a realização de cerca de 200 análises diárias, mais ou menos complexas, e que é complementado pela vigilância regular das Autoridades da Saúde e da Segurança Alimentar, e pelo recurso a entidades externas independentes, permitiu que a Água de Luso seja a única marca, até hoje, habilitada a evidenciar, nos seus rótulos, o símbolo CERTIF. Na prática, tal significa, por exemplo, que Luso é a única marca que, além da água propriamente dita, submete regularmente também as suas embalagens a rigorosos processos de validação e controlo em laboratórios internos, oficiais e outros independentes. Criada em Fevereiro de 2009, a Fundação Luso surge como um projecto de responsabilidade social da Central de Cervejas e Bebidas (SCC) no qual a água “é a essência que traduz a missão”. Que estratégias estão associadas à consecução desta missão? 1. A Água que bebemos traz grandes benefícios para a Saúde e para o bem-estar. Destes princípios surgem três áreas de actuação da Fundação Luso: Saúde – a promoção de estilos de vida saudáveis, o estímulo da investigação e a partilha de conhecimento sobre os benefícios da água para a saúde; Ambiente – a protecção e a valorização da origem da nascente da Água Mineral Natural de Luso e Comunidade – a promoção do desenvolvimento económico da região de Luso e a valorização do património natural e cultural desta região. Que outras iniciativas têm sido levadas a cabo pela Fundação Luso no que respeita ao seu compromisso com o desenvolvimento sustentável? – Continuidade ao programa de constituição de Hortas Pedagógicas (desde 2010) nas escolas do 1º ciclo do concelho da Mealhada, sensibilizando alunos e professores para a agricultura biológica, contribuindo assim para uma maior consciência ambiental de todos e, acima de tudo, para o desenvolvimento pessoal das crianças que são as gerações do futuro. – Acções ao nível da Educação para a Saúde e Comunidade, sensibilizando as pessoas para comportamentos responsáveis. São disto exemplo as acções de voluntariado, acções educativas com escolas, o Prémio Empreendedorismo (com o objectivo de premiar projectos empreendedores e inovadores, já implementados no Luso e potenciadores do desenvolvimento económico da região, sendo subordinado às áreas de agricultura, comércio, indústria, serviços e Turismo) e o Prémio ÁGUA É SAÚDE ‐ Saber Viver & Fundação Luso (o qual pretende premiar a melhor ideia concretizável, inovadora e relevante para melhorar os níveis de saúde e hidratação da sociedade portuguesa através do consumo de água mineral natural). Em termos ambientais, que vitórias poderão ser elencadas? (protecção do aquífero, redução da pegada de carbono, entre outras?) Também desenvolvemos trabalho em outras dimensões da sustentabilidade como a racionalização de recursos, em particular da água e também a redução dos materiais de embalagem, minimizando os impactos ambientais. A empresa tem implementado, nos últimos anos, várias acções com impacto directo na redução da sua pegada do carbono, um dos principais indicadores da performance ambiental. Este indicador mede a quantidade de gases de efeito de estufa, produzidos pela queima de combustíveis fósseis, emitidos durante todo o ciclo de vida do produto. Alguns exemplos de acções tomadas são a automatização da iluminação das naves industriais via detecção de presença e células crepusculares, a instalação de um sistema de monitorização de consumo de energia térmica e eléctrica e a substituição de fuel por gás natural. A optimização do transporte e rede de distribuição são, geralmente, objectivos a seguir por marcas socialmente responsáveis. No que respeita à Água do Luso, que tipos de esforços têm sido feitos neste sentido? Uma das bandeiras da Água do Luso tem sido a valorização do património hídrico e natural da região. Que tipo de dinamização tem sido feita para ir ao encontro destes objectivos? Em resultado desses estudos, foi possível estimar o volume de “recursos” cedíveis pelo aquífero mineral (volume anual renovável), evitando a sua sobreexploração. Dado que a extracção da água é feita por artesianismo natural repuxante, é regularmente avaliada a pressão / vitalidade do aquífero. Com o objectivo de valorizar e promover a protecção ambiental do meio onde a empresa se insere, e que é fundamental para a preservação do recurso hídrico, os nossos colaboradores participam em acções de protecção ambiental internas e convidando alunos das escolas da região. Em 2011, foi assinado um protocolo entre a Fundação Luso e a Fundação Mata do Bussaco com o objectivo de apoiar a recuperação e a valorização do Trilho de Água desta última. Especificamente, que resultados decorrentes deste protocolo são já visíveis? Este tipo de apoio de instituições particulares e sociedade civil a património que é do Estado é fundamental. Somos todos responsáveis e cada um deve ter um papel activo. Como se insere a política de sustentabilidade da marca Luso na estratégia geral de responsabilidade social corporativa da Central de Cervejas e Bebidas (SCC)? |
|||||||
Editora Executiva