Para auxiliar e garantir que todos têm as condições necessárias para trabalhar, tanto físicas como emocionais, a Fidelidade Assistência foi privilegiando a comunicação com as suas Pessoas, propondo ideias para manterem a saúde, o bem-estar, o ânimo, o equilíbrio, a felicidade e a produtividade nestes tempos difíceis. E desde o primeiro confinamento que garantimos apoio psicológico às nossas pessoas, através do pagamento de consultas. Estamos confiantes de que este é um contributo aos que começam a sentir a dificuldade em “dar a volta” sozinhos
POR VANESSA COELHO

Precisamente há um ano, não imaginávamos o que nos esperava…Temos sempre o velho hábito de pensar que “só acontece aos outros” ou “isso é lá para o outro canto do Mundo”, pois é, mas desta vez, e sem grande tempo para preparativos, o longe chegou bem perto, de forma rápida e também nos aconteceu… Vimo-nos a braços com uma pandemia assustadora, de distribuição geográfica alargada, simultânea, feroz. Passámos a viver como que, em clima de guerra: O Governo ia declarando “estados de exceção” previstos na Constituição, que quase só conhecíamos academicamente. A medicina começou a lidar com um vírus desconhecido, incerto e imprevisível; o comércio teve de fechar e só tivemos acesso a bens de primeira necessidade; passámos a ter as obrigações de Dever de Recolhimento, que hoje já faz parte do nosso dia-a-dia.

No meio deste cenário, as empresas não podiam parar e tiveram de reagir de forma rápida: As Pessoas tinham de ir para casa trabalhar! E foram…O Home Office passou de exceção a regra.

A pandemia mundial deixou os escritórios de muitas empresas vazios, obrigando os seus colaboradores a “levarem” o trabalho para dentro das suas casas e a terem de transformar o lar num espaço “Tudo em Um”: Casa, Escritório, Sala de Reuniões, Escola, Ginásio, Cabeleireiro…

Na Fidelidade Assistência antecipámo-nos às medidas do Governo. No dia 13 de março de 2020, parte dos colaboradores passou a trabalhar a partir de casa, mesmo com meios informáticos e de comunicações pessoais. Diminuindo a população, reduzíamos o nível de contágio.

Muitos destes trabalhadores nunca mais regressaram às instalações…

A partir de maio, começámos a falar em regressar. Recorremos a um questionário individual para definir um Plano, respeitando as diferentes situações. Com calma, programaríamos o regresso, para que todos pudessem, com serenidade, planear e conciliar a sua vida pessoal com a profissional.

Sucede que, em Outubro, logo na primeira semana em que implementámos o Plano de Regresso, surge novo Estado de Emergência e aqui estamos, de novo, em casa!

Para muitos foi desesperante. Quer por estarem sozinhos, e não terem com quem conversar, quer por estarem privados de um momento sequer de solidão, de privacidade.

No escritório vêem-se novas caras, conversa-se, trocam-se ideias, há uma socialização física pela qual se anseia! E tivemos muitas pessoas a pedir para voltar: três, duas ou até mesmo uma vez por semana que fosse! Outras pedem para permanecer sempre em teletrabalho…

A Fidelidade Assistência não foi, e não é, alheia a estas tão diferentes realidades.

Para auxiliar e garantir que todos têm as condições necessárias para trabalhar, tanto físicas como emocionais, a Fidelidade Assistência foi privilegiando a comunicação com as suas Pessoas, propondo ideias para manterem a saúde, o bem-estar, o ânimo, o equilíbrio, a felicidade e a produtividade nestes tempos difíceis. Estamos confinados e, por isso, mais sedentários. O corpo e a mente reclamam por movimento para se manterem saudáveis e, por isso, temos vindo a divulgar planos de exercício físico, aulas de Yoga e Meditação, visitas virtuais a museus e a parques naturais, propostas de livros e de boas compras para fazer a partir do sofá!

Desde o primeiro confinamento que garantimos apoio psicológico às nossas Pessoas, através do pagamento de consultas. Estamos confiantes que este é um contributo para os que começam a sentir a dificuldade em “dar a volta” sozinhos.

Também continuamos com o nosso programa de Apoio Social NOS, que gere e trata de temas delicados, como as fragilidades do ser humano ou do contexto social que o acompanha, infortúnios da vida e até escolhas menos acertadas. Tem-se revelado de extrema importância durante a época da pandemia.

Não há dúvida de que o teletrabalho permite uma maior conciliação entre a vida familiar e profissional, mas, em época de confinamento e em que existe o dever e a obrigação de permanecer em casa, apesar do cansaço, da angústia e da incerteza quanto ao futuro, muitos dos nossos colaboradores ainda têm os seus filhos a quem têm de assegurar, a todo o custo, que estes sentimentos fiquem, algures, blindados em paredes invisíveis, para que nada abale a sua felicidade, alegria e salutar crescimento. E isto também tem sido uma grande preocupação na Fidelidade Assistência: temos divulgado artigos de opinião, workshops, relacionados com: Ideias para Diversões em Família; “Manter as Crianças Tranquilas e Seguras”; “Entreter Crianças entre 4 Paredes” existindo, ainda, um Grupo de Pais Online, orientado por uma psicóloga, que, igualmente, escreve uma coluna semanal, a “Pais Positivos”, na nossa Intranet e se mantém à disposição para responder às questões que lhe sejam colocadas.

Pensámos nos filhos mas também temos de pensar nos que, um dia, já trataram de nós: desenvolvemos uma nova valência de apoio aos colaboradores que prestem cuidados regulares a familiares dependentes – o Apoio ao Colaborador Cuidador – que tem como objetivo apoiar e promover o bem-estar dos colaboradores e das respetivas famílias.

Ainda para coadjuvar no trabalho em casa e para privilegiar maior conforto e protecção individual, estamos a atribuir, a cada um dos colaboradores, um vale para a aquisição de monitor, ou de outro equipamento considerado relevante para o exercício de funções.

A pandemia sujeitou muitas pessoas a um período de stress ainda maior: trabalhar remotamente, por vezes, leva a que se trabalhem mais horas. É mais difícil “desligar”; por outro lado, fazem-se verdadeiros malabarismos com as necessidades familiares, há que assegurar aulas e tempos livres às crianças; estamos em confinamento social, logo, não estamos livres, tudo é imposto e faz diminuir a motivação e a capacidade de concentração.

Na Fidelidade Assistência tudo tem sido feito para minimizar o cansaço e as dificuldades que as nossas Pessoas têm vindo a sentir e não paramos. Estamos numa fase das nossas vidas em que estamos constantemente a INOVAR para superar as barreiras e as dificuldades que diariamente surgem.

Por certo ninguém irá negar que, se não fosse a pandemia, nunca teríamos passado tanto tempo com os nossos filhos, com a nossa família, na nossa casa, apreciar a vista da nossa janela, a organizar tanto os nossos armários…

E se calhar tudo isto é, ou seria, perfeito: o estar em casa a trabalhar, o acompanhar os filhos…E, secretamente em tempos, já o desejámos….mas não por imposição. Superar este cansaço é possível? Sê-lo-á certamente…temos de viver um dia de cada vez e aproveitar o que de bom, mesmo que pouco, tenhamos a sorte de receber…

Responsável EFR e Responsável da Equipa DCF-Pessoas na Fidelidade Assistência