A dinamização dos recursos humanos é hoje uma realidade integrada nas fortes políticas de Responsabilidade Social do Santander. Em entrevista, a directora de RH do banco, Isabel Viegas, sublinha que “o caminho que nos move é uma vontade estratégica para sermos um banco equilibrado, que faz resultados bem”, isto é, “em conjunto com as pessoas”. É o que se está a viver desde ontem, na Semana Santander És Tu Que impacto tem tido o Programa Santander és Tu, agora na sua 3ª edição, na qualidade de vida dos colaboradores e do próprio banco? O impacto desta visão foi uma mudança enorme na maneira de liderar e na maneira das pessoas viverem o Santander. Quer o questionário de avaliação que realizamos desde o início do Programa – porque nesta casa, o que não se mede não existe! –, como o índice de satisfação interna, que existe desde 2006, revelam uma melhoria crescente: por exemplo, no indicador Orgulho (de pertencer ao Santander) da medição interna, em 2009 registou-se um crescimento de 18% face a 2008, com a percentagem de satisfação a situar-se nos 89%, contra os 69% da referência de mercado, no ano passado. O indicador Espírito de Equipa foi o segundo que mais cresceu, situando-se em 2009 nos 76%, 15% acima da referência de mercado. O nível de satisfação dos colaboradores aumentou também nos outros indicadores – Credibilidade, Imparcialidade, Liderança e Qualidade, todos eles positivamente distanciados das referências de mercado. Não tenho a mínima dúvida do impacto crescente do Programa Santander És Tu, nestes três anos. A banca é muito ‘business oriented’ e menos ‘people oriented’. Introduzir este tipo de iniciativa veio revelar que o Santander se preocupa com as pessoas. É por isso que valorizam tanto as oportunidades de desenvolvimento pessoal, a par da carreira dos colaboradores? Porque o banco acredita que deve promover estilos de vida saudável, este ano criámos o “Santander Faz Bem”, sob o mote “Mexa-se Mais, Coma Melhor e Respire Ar Puro”. Ontem começámos a dinamizar esta acção oferecendo aos colaboradores kits com sementes de salsa e coentros e um pedómetro e realizando algumas actividades físicas no âmbito do Dia do Colaborador, o primeiro da Semana Santander És Tu. A prazo, queremos enraizar estes hábitos, tornando por exemplo, as ementas mais saudáveis no nosso restaurante e nas cafetarias do banco espalhadas pelo país. Estamos ainda a lançar duas iniciativas no âmbito do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal: todos os colaboradores terão direito a não trabalhar no primeiro dia de escola dos filhos, quando estes ingressam no 1º ano do ensino básico; e os pais que integrarem associações de pais terão direito a um dia ou dois meios dias, para além do que a lei permite. De notar que estas medidas partem de solicitações dos próprios colaboradores, às quais estamos atentos. O programa permite a projecção internacional dos colaboradores dentro do grupo. Que receptividade tem havido para o intercâmbio de colaboradores?
O que destaca da edição de 2010 da Semana Santander És Tu? Ontem dedicámos o dia aos Colaboradores, assinalando o dia com inúmeras iniciativas, sendo muito interessante que tudo acontece ao mesmo tempo em todos os locais de trabalho, seja em Braga, Funchal ou Lisboa. Hoje temos os nossos Administradores a visitar balcões em todo o país e amanhã teremos um mega intercâmbio que envolverá 150 Colaboradores na troca de funções entre balcões e serviços centrais. Como este não é um ano de pedir dinheiro aos colaboradores, durante toda a Semana decorrerá uma acção solidária, de recolha de telemóveis usados, a favor do Banco de Bens Doados, para doar a instituições sociais. Promover essa mobilidade é importante para a motivação das equipas ou também para os próprios resultados do banco? No âmbito da RS interna do Santander, que importância assume hoje a dinamização estratégica dos RH? Quando se juntam os recursos do banco com os dos colaboradores (que participam muitas vezes através de trabalho voluntário), o sucesso da iniciativa sai reforçado. Esta estratégia é o melhor de dois mundos. Um exemplo interessante da colaboração interna que também sai reforçada neste Programa: em 2008 promovemos uma acção solidária que envolvia a compra por parte dos colaboradores de uma camisola solidária, sendo que o valor recolhido reverteu para o BA e os resultados ficaram aquém das nossas expectativas (os colaboradores compraram cerca de 2.500 t-shirts). Em 2009 quisemos repetir a experiência, e foi precisamente a área de dinamização comercial dos balcões que sugeriu que em vez de as vendermos directamente aos nossos colaboradores, os deveríamos convidar a vendê-las aos clientes porque, de facto, é isso que eles sabem fazer melhor. E vendemos 11 mil camisolas, cujo valor reverteu para a Associação de Trissomia 21. Em gestão diz-se que o maior capital é o humano. É esse o espírito do Santander?
|
|||||||||
© 2010 – Todos os direitos reservados. Publicado em 9 de Junho de 2010 | |||||||||
Jornalista