O debate com os líderes de grandes empresas e organizações a propósito da integração dos projectos das Organizações Não Lucrativas na estratégia empresarial, e do potencial das parcerias entre ambas foi, sem dúvida, um momento alto do Seminário de Fundraising Call to Action, que constituiu, mais uma vez, um dia essencial no calendário do Terceiro Sector O 5º Seminário de Fundraising Call to Action aconteceu a 17 de Abril na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. Com cerca de 340 pessoas a assistir, este Seminário provou que é já um dia essencial no calendário das organizações não lucrativas em Portugal, bem como de todo o Terceiro Sector. Com oradores internacionais e nacionais, todos deram testemunho sobre qual é hoje o estado da angariação de fundos, e sobre o que é desejável que esta venha a ser. O tema principal foi “Como envolver e fidelizar os doadores para garantir sustentabilidade financeira das organizações”. Neste sentido foram apresentadas soluções práticas e exemplos do que já se faz em Portugal e no estrangeiro. Stephen Pidgeon, especialista em Marketing Directo, trouxe muitos ensinamentos acerca da melhor maneira de comunicar com os doadores através de carta, e de como falar da causa de uma maneira mais emocional, de tal forma que o doador se sinta conquistado, envolvido e recompensado por este envolvimento com a causa. Foi um dia “muito inspirador, mas sobretudo muito prático”, como testemunhou um participante, acrescentando: “saí com a bagagem cheia de ideias para novas formas de angariar fundos”. Presentes estiveram algumas empresas que deram o seu testemunho acerca do papel que têm enquanto doadores e impulsionadores de projectos. Num painel moderado por Conceição Zagalo (presidente da Mesa da Assembleia Geral do Grace), com a presença de José Galamba (presidente da Accenture), de Joaquim Goes (administrador executivo do BES), de Pedro Rocha e Melo, (vice-presidente do Conselho de Administração da Brisa) e de Luisa Valle, (directora do Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano), foi debatida a relação que as empresa querem ter, no contexto actual, com os projectos que apoiam: qual a importância de os projetos apresentados poderem ser integrados no âmbito da estratégia da própria empresa, e qual o potencial das parcerias quer entre projectos, para fortalecê-los, quer entre projectos e as empresas – por exemplo, na partilha de recursos ou voluntariado. Foi, sem dúvida, um momento alto do dia, em que as organizações presentes puderam conhecer as pessoas por trás dos decisores e as suas motivações para se envolverem, eles próprios e os seus colaboradores, nos projetos a apoiar. A dinâmica criada com várias sessões paralelas em diferentes períodos do dia possibilitou o acesso a mais formação e a apresentação de soluções práticas para problemas do dia-a-dia das organizações não lucrativas. Foram apresentadas soluções em temas tão diversos como “O que o fundraising pode aprender com o marketing e a comunicação das marcas”; “O Modelo ProMacClose: uma solução rápida na hora de fazer o pedido”; “A aproximação ao doador e a fidelização à nossa causa”; “Voluntários na angariação de fundos”; “Crowdfunding”; e “Como angariar 60 000€ através de Débitos Diretos”. “O formato das sessões paralelas resultou numa boa ideia para aproveitar melhor o dia. É muito importante para quem repete a experiência de participar no Seminário anual da Call to Action” testemunhou outro participante, que se congratulou com a organização e a qualidade do evento.
Finalmente foi feito um paralelismo, pelo presidente do Montepio e pela Call to Action, entre clientes de cartão de crédito e doadores de uma causa, no sentido de explorar os procedimentos e as técnicas que se podem transpor da área lucrativa para a área da angariação de fundos, no que respeita à fidelização dos doadores à causa. Tudo numa lógica de transpor as boas práticas do sector lucrativo para o sector não lucrativo. No fim do dia, todos levaram muita formação, motivação e inspiração para a actividade de angariação de fundos, que é essencial para a sustentabilidade financeira das organizações. Cinco anos depois do primeiro seminários Call to Action, “é muito gratificante ouvir novos oradores e rever contactos. Este, como os outros, foi excelente! Fica o desafio: aumentar a fasquia em 2014!”, sublinhou ainda um outro participante. E a Call to Action, já com um trabalho desenvolvido ao longo de sete anos, quer muito corresponder a estas expectativas, impulsionar este mercado e investir na capacitação das organizações sociais. A adesão ao Seminário e o envolvimento que conseguimos, quer da parte das organizações não lucrativas, quer da parte das empresas nossas parceiras no evento, é uma forte prova do nosso compromisso com a profissionalização do Terceiro Sector. |
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Directora de Desenvolvimento de Negócio da Call to Action