O Green Project Awards regressa em 2014 com duas novas categorias e lança um ciclo de conferências que irá debater ao longo do ano soluções conjuntas para o desenvolvimento sustentável. Em período de retoma, o País “tem de aproveitar o balanço para apostar em alternativas sustentáveis, que vão trazer resultados positivos para a economia”. O GPA é um impulsionador “para a transformação de componentes da biodiversidade em activos financeiros, que são a base para a economia verde”, como explica o presidente da GCI
O Green Project Awards regressa em 2014 com duas novas categorias – Consumo Sustentável e Cidades Sustentáveis – que estarão em destaque nesta 7ª edição. Ao longo do ano, o GPA vai também promover momentos de debate e reflexão sobre temas prementes para o desenvolvimento sustentável, através da realização de um ciclo de conferências dedicado às inúmeras questões inerentes ao foco da iniciativa desenvolvida pela Agência Portuguesa do Ambiente, a Quercus e a GCI: A Economia Verde. A primeira destas conferências, que irão analisar grandes temas como o capital natural e a sustentabilidade, realizou-se já no final de Fevereiro, sob a temática “Inovação e Sustentabilidade nas Cidades do Futuro”, assinalando o lançamento da nova edição da iniciativa. Às duas novas categorias, Cidades Sustentáveis (que distingue projectos com impacto positivo no ecossistema urbano, melhorando o metabolismo das cidades e a qualidade de vida dos habitantes) e Consumo Sustentável (que reconhece iniciativas que estimulam a adopção colectiva de novas práticas e mudanças nos estilos de vida dos consumidores), juntam-se as áreas Agricultura, Mar e Turismo, Produto ou Serviço, Information Technology, Iniciativa de Mobilização e Iniciativa Jovem. As candidaturas a projectos em qualquer uma destas categorias estão abertas até ao dia 30 de Maio, e serão avaliadas por um júri presidido pela Agência Portuguesa do Ambiente. À semelhança das edições anteriores, os resultados serão verificados pela KPMG. O GPA 2014 inclui ainda um prémio especial para a melhor obra original na área do ambiente. Presente em Portugal, Brasil e Cabo Verde, o Green Project Awards já recebeu mais de mil candidaturas e reconheceu mais de 60 projectos, desde 2008. Em 2014, a iniciativa pretende alargar a sua presença nos PALOP a Angola e Moçambique. Em entrevista ao VER, José Manuel Costa, presidente e CEO da GCI, sublinha, entre outras questões, que “o fenómeno da urbanização num mundo cada vez mais global, torna urgente a aplicação dos conceitos de sustentabilidade e responsabilidade ambiental”. Incluindo entre os países de expressão portuguesa, onde há hoje “abertura para a promoção de uma Economia mais Verde”.
Quais são as grandes novidades esperadas nesta 7ª edição do Green Project Awards? Temos procurado acompanhar a evolução natural da sociedade e da economia, ano após ano. Em 2012 reestruturámos o projecto, alargando consideravelmente o número de categorias a concurso, de forma a conseguirmos abranger um leque mais vasto de áreas dentro daquilo que é o nosso foco – a Economia Verde. Nesta edição, decidimos dar destaque aos temas do Consumo Sustentável e das Cidades Sustentáveis, através da criação de duas novas categorias. Criámos ainda uma bolsa de investigação no valor de 20 mil euros, que será atribuída de dois em dois anos ao vencedor da categoria Investigação e Desenvolvimento. A que se deve a escolha das temáticas das duas novas categorias e que acções estão previstas no âmbito das mesmas? Por sua vez, a categoria Consumo Sustentável tem por objectivo distinguir iniciativas provenientes de toda a sociedade civil e que tenham estimulado a adopção colectiva de novas práticas de consumo, levando a mudanças nos estilos de vida dos consumidores. Para contribuir para a definição dos objectivos destas novas categorias foi criado um Advisory Board com profissionais reconhecidos nas suas áreas. O lançamento da sétima edição do GPA foi assinalado com a realização de uma conferência, na qual destacámos a categoria das Cidades Sustentáveis. Durante o segundo trimestre deste ano iremos realizar uma outra conferência, desta vez sobre o tema do Consumo Sustentável. Quais são os objectivos do Ciclo de Conferências GPA? Que antevisão faz das conferências sobre Consumo Sustentável, Capital Natural e Economia Verde, e como avalia a dinâmica na conferência sobre Cidades Sustentáveis, já realizada? Fazia sentido que a par dos prémios e da divulgação de boas práticas, as personalidades intervenientes nos mais variados sectores discutissem essas questões na busca de possíveis soluções. As próximas conferências vão, com certeza, ser momentos de discussão com elevado potencial, como aliás já foi comprovado na primeira conferência deste ciclo, onde se debateu inovação e sustentabilidade para as cidades do futuro.
Como irá funcionar a fusão do GPA com os European Business Awards for the Environment e que vantagens se retiram desta troca de sinergia entre dois prémios que promovem a inovação para a sustentabilidade? São duas iniciativas que reconhecem políticas, práticas e processos que consigam conciliar o sucesso económico e a protecção do ambiente, acabando por isso por se complementar (ver caixa). Que relevância tem a manutenção da Economia Verde como tema de destaque na 7ª edição do GPA, no actual contexto socioeconómico? Que expectativas têm para o encerramento, sob esta temática, durante o qual serão atribuídos os prémios aos vencedores? Há uma arquitectura e logística necessárias para a transformação de componentes da biodiversidade em activos financeiros, que são a base para a economia verde. O GPA pretende ser um impulsionador da manutenção desses componentes. O futuro sustentável depende de todos nós, enquanto cidadãos e consumidores. A cerimónia de entrega de prémios, que está prevista para final de Outubro ou início de Novembro, e que vai ser marcada pelo tema da Economia Verde, vai assinalar o final de mais um ciclo e esperemos que o início de um novo, com novas preocupações e consciências mais alertas. Que balanço faz desta iniciativa que, desde 2008, já recebeu mais de mil candidaturas e reconheceu mais de 60 projectos, em Portugal, Brasil e Cabo Verde? Que objectivos têm com o alargamento do GPA, em 2014, a Angola e Moçambique? É gratificante perceber que há tantos e tão bons projectos que se focam na sustentabilidade energética, na minimização do desperdício, no planeamento integrado dos transportes e mesmo dos aglomerados urbanos, entre muitos outros. A cada ano que passa tem sido mais difícil seleccionar os projetos vencedores e, só em Portugal, já foram distinguidos mais de 60. Mas o GPA pretende ser também um veículo de promoção de discussão nos PALOP, visto que a sustentabilidade e inovação social começam a ser temas com algum destaque para esses países, havendo abertura para a promoção de uma Economia mais Verde nessas geografias. O projecto já é uma realidade em Cabo Verde, onde este ano vão ser entregues as primeiras distinções, e no Brasil, que acolhe a 3ª edição da iniciativa. Este ano, é nosso objectivo reforçar a presença noutros países, com o apoio da CPLP, chegando a Angola e Moçambique.
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Jornalista