Com as crises globais causadas pela Covid-19 e a invasão russa da Ucrânia, o mundo entrou numa nova era. Diante mudanças tão profundas, o tecido empresarial tem de criar alianças estratégicas e envolver-se num trabalho colaborativo e em rede. Há que promover um caminho positivo com parcerias nacionais e internacionais, acreditando que em conjunto é possível promover um modelo de desenvolvimento social, ambiental e económico sustentável
POR TERESA CASCAIS
A Rede do Empresário apresenta um ecossistema de mais de 10 mil PME. Em Portugal, as PME geram 68,3% da riqueza e 77,3% do emprego e empregam, em média, 2,9 trabalhadores, menos um ponto percentual face à média europeia. O setor privado é fundamental. As empresas lideram o mercado em muitos setores e são uma fonte de inovação. As PME portuguesas são empresas inovadoras e 66,4% participam em processos de inovação de produto, serviço, processos, organização, marketing, alcançando o valor mais elevado da Europa. A média da União Europeia fica-se pelos 49,5%. (Fonte: Relatório anual das PME 2018-2019 da Comissão Europeia)
Desta forma e para partilhar todos estes processos nos diferentes sectores, a Rede do Empresario apresenta diferentes agendas através das BSNs (Business Science Networks), criadas para promover o diálogo entre a indústria, a academia e governo, através de diferentes temáticas e de que são exemplo a Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa, Educação e Formação, Smartcities, Saúde, Cultura e Turismo e Direitos Humanos. É fundamental trabalhar em rede, partilhar conhecimentos, projetos e boas práticas.
Hoje devemos focar-nos e olhar para o capital colaborativo — ou para a presença do mesmo nas redes, através de relacionamentos, normas partilhadas, confiança entre entidades e líderes empresariais, na medida em que acreditamos que esta é a melhor forma de conectar e manter as organizações unidas, permitindo um sentimento de pertença neste tipo de relação. O capital colaborativo é, assim, muito importante para o desempenho de uma organização.
A gestão e partilha de conhecimento são fundamentais para o sucesso empresarial. A gestão do conhecimento por si só, no entanto, não é suficiente para satisfazer a vasta gama de mudanças nas organizações de hoje. A gestão e partilha do conhecimento é um recurso que permite às organizações resolver problemas e criar valor por meio da melhoria do desempenho. Gerar conhecimento entre os diferentes sectores e diferentes atores é essencial.
É fundamental orientar as empresas a agir de forma mais colaborativa com um sistema de conhecimento ativo na sua partilha tendo em conta que as PME são as principais impulsionadoras da economia europeia e da economia portuguesa.
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Teresa Cascais
CEO e CO- Founder da Rede do Empresário