Arrancou esta semana o segundo semestre do Programa de Voluntariado da Nova School of Business and Economics. Envolvendo já trezentos alunos e mais de quarenta organizações sociais, o Comunidade Nova visa que os jovens “se apropriem da realidade social”, implementando projectos de intervenção social graças aos quais “desenvolvem competências cívicas”. Em entrevista, a psicóloga e coordenadora do Gabinete da Nova SBE responsável por este Programa adianta que a meta para esta fase é alargar o âmbito da iniciativa a mais voluntários e instituições, através de uma plataforma que congrega necessidades e respostas Levar a cidadania à Universidade. É sob esta premissa que a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) dinamiza o Programa de Voluntariado “Comunidade Nova”, cujo segundo semestre teve início a 11 de Fevereiro. O programa, que reúne a colaboração de mais de quarenta entidades (entre as quais a Ajuda de Berço, Ajuda de Mãe, Cáritas, CERCI de Lisboa, Fundação do Gil e Liga Portuguesa contra o Cancro do IPO), proporciona aos estudantes a possibilidade de desenvolverem competências humanas e sociais, complementares à sua formação académica. Considerada a melhor Escola de Negócios em Portugal pelo Financial Times e uma das trinta melhores da Europa, a Nova SBE garante uma taxa de empregabilidade de 100%, seis meses após a conclusão dos seus cursos de licenciatura em Gestão e Economia e de mestrado, nas áreas de Finanças, Gestão e Economia. Mas esta faculdade quer ir mais longe, apostando na “formação holística do desenvolvimento do aluno, muito exigente na área académica mas que se quer complementar da sua formação enquanto ser humano”. Para Edite de Oliveira, “estamos a formar os portugueses de amanhã e é essencial que os nossos estudantes conheçam a importância de serem activos enquanto cidadãos”. Em entrevista ao VER, a Psicóloga e Coordenadora do Gabinete de Desenvolvimento do Aluno (GDA), a estrutura da faculdade responsável pelo “Comunidade Nova”, sublinha que a “maioria dos pedidos que chegam das organizações parceiras (ONG, escolas, lares, IPSS, Centros de Acolhimento, etc.) se ”centra no apoio pedagógico a crianças e jovens em percurso escolar obrigatório”. Mas os estudantes voluntariam-se também para intervenções de apoio a idosos e de colaboração em projectos de angariação de fundos ou de sustentabilidade das instituições, por exemplo. Ao longo deste semestre, o Programa Comunidade Nova continuará a estabelecer protocolos com novas instituições, e a receber novos voluntários. A meta é “chegar a meia centena de parcerias e a 350 voluntários”, adianta.
Quais são os objectivos deste Programa de Voluntariado que permite o desenvolvimento de competências sociais e humanas, numa componente de formação cívica complementar à formação académica dos alunos? A nossa instituição pretende que o aluno se aproprie da realidade social, no sentido de aplicar os seus conhecimentos e competências na promoção, implementação e desenvolvimento de projectos específicos para a instituição parceira (desenvolvemos parcerias com cerca de quarenta entidades), aprendendo com esse processo a conhecer-se e a desenvolver competências cívicas. Que acções estão previstas no âmbito da iniciativa? De que modo e em que áreas de intervenção é realizado o trabalho voluntário, em articulação com as organizações do Terceiro Sector? Esta iniciativa tem como objectivo melhorar a qualidade de vida dos trinta utentes deste centro de Carnide, e inclui a arrumação, limpeza e pintura do interior do Centro, bem como a limpeza do algeroz central e do sótão, poda dos arbustos e heras, limpeza do terreno e limpeza e recuperação de dois bancos do jardim. O Programa de Voluntariado da Nova SBE dispõe de parcerias com quarenta entidades (ONG, escolas, lares, IPSS, Centros de Acolhimento, Centros Sociais e Paroquiais) que apresentam áreas de intervenção muito diversificadas, necessitando desde apoio pedagógico para os seus alunos, apoio nas salas dos jardins de infância, dinamização de ateliers, apoio a idosos em instituição e ao domicílio, e ainda colaboração em projectos de angariação de fundos, projectos de sustentabilidade e outras actividades que as instituições desenvolvem. Que expectativas têm para este segundo semestre, nomeadamente ao nível do alargamento do programa, que chega já a 35 instituições, a mais organizações e alunos? Que balanço faz da adesão ao Programa no primeiro semestre, que terminou com 160 inscrições e um total de 3 mil horas de trabalho voluntário? De que modo pretende a Nova SBE “aliciar outras universidades a aderirem ao voluntariado”, nesta segunda edição do Programa? Defende que “é essencial que os estudantes conheçam a importância de serem activos enquanto cidadãos”. De que modo aposta a faculdade na “formação holística do desenvolvimento do aluno, muito exigente na área académica mas que se quer complementar da sua formação enquanto ser humano”? E que intervenção tem o GDA nesta formação? Para além de toda a monitorização do Programa de Voluntariado, o Gabinete de Desenvolvimento do Aluno dispõe de outros programas e projectos, todos eles actuando na aquisição e desenvolvimento de saberes e competências que vão para além das habilitações académicas e pedagógicas. Promovemos formação não formal contínua em diversas áreas e temas, indo sempre ao encontro das necessidades e apetências dos alunos. Que funcionalidades permite a plataforma informática que reúne as necessidades das instituições com os interesses e disponibilidade dos estudantes? Em que áreas de intervenção (apoio a idosos, crianças ou jovens em risco, reinserção social, etc.) recebem mais pedidos de ajuda, por parte das instituições, e que tipo de resposta dão os alunos voluntários?
Recebemos também um número considerável de pedidos para serviços de apoio e companhia a idosos, tanto em instituições como no domicílio. Por outro lado, somos também bastante requisitados para prestar apoio ao Banco Alimentar e em estratégias de angariação de fundos, nomeadamente para as IPSS, bem como para a dinamização de actividades em escolas do primeiro ciclo. Por último, as organizações recorrem com alguma frequência à Nova SBE para apoio em iniciativas de literacia financeira para desempregados e apoio em sessões temáticas nas escolas. Que competências adquirem os jovens que se inscrevem, na formação inicial que frequentam, bem como na execução de relatórios de actividade mensais e de avaliação semestrais, que realizam depois da sua admissão? No que diz respeito à elaboração dos relatórios, os voluntários recebem também formação, a qual é ministrada pelo GDA no início da sua actividade. Nessa formação, é facultada uma grelha de avaliação individual do exercício da actividade e outra de avaliação semestral da instituição. Tratam-se, entenda-se, de avaliações qualitativas do trabalho desenvolvido por ambas as partes. Do ponto de vista quantitativo apenas se contabilizam o número de horas. Que importância tem a realização destes relatórios por parte dos alunos, mas também por parte das instituições, para garantir a eficácia do programa? Estes relatórios permitem que, em sessões de supervisão quinzenais do GDA, se possa reflectir em conjunto sobre a qualidade do desempenho prestado pelo aluno. Relembre-se que pretendemos uma formação abrangente dos alunos e, ao nível do Gabinete de Desenvolvimento do Aluno, destacamos a educação não formal, complementar à formal, de excelência, que recebem em sala de aula. Estes relatórios de avaliação ao desempenho do aluno são um dos critérios para a selecção dos estudantes para o quadro de mérito da universidade pelo GDA e para a atribuição de diplomas de cidadania? No entanto, mediante a qualidade e o empenho que tiverem ao longo do exercício do trabalho de voluntariado podem obter um diploma com menção de cidadania com distinção, que valoriza e distingue o empenho e dedicação acrescidos. Na visão da Nova SBE, que importância tem o reconhecimento dos estudantes pelo mérito?
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Jornalista