Apesar do cenário económico, em 2012 a Fundação Vodafone Portugal manteve o mesmo nível de investimento em Responsabilidade Social, em áreas tão prioritárias como a Saúde, a Educação, o Ambiente ou a Segurança. Em entrevista, Ana Mesquita Veríssimo afirma que “através da promoção de projectos ambiciosos, que tenham a inovação e qualidade como factores de diferenciação, podemos contribuir para que os desafios possam ser encarados com optimismo”
Criada em Abril de 2001, inicialmente sob a designação Fundação Telecel Vodafone para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, a Fundação Vodafone Portugal foi a terceira fundação a surgir no âmbito do Grupo Vodafone. Desde então, investiu 16 milhões de Euros em cerca de sessenta projectos de Responsabilidade Social. Em entrevista ao VER, Ana Mesquita Veríssimo, responsável de Projectos de Responsabilidade Social da Vodafone Portugal e da Fundação Vodafone Portugal, prevê a manutenção, no futuro, de um nível de investimento anual nesta área de cerca de dois milhões de Euros. Acreditando que os projectos desenvolvidos com o envolvimento da Fundação, na última década, “acrescentaram valor à sociedade, nomeadamente nas áreas da segurança, ambiente, saúde e educação”, a responsável sublinha que “por entender que há ainda muito a fazer, é objectivo da Fundação manter-se focada nestas áreas”. A equação poderá também incluir “projectos pontuais noutras áreas, designadamente na da agricultura”, adianta. Com uma lógica de intervenção social assente no desenvolvimento de projectos em parceria, desenhados de raiz a partir das necessidades identificadas, e implementados com vista à sua autonomização, a Fundação Vodafone Portugal, “mais do que um simples contributo financeiro”, presta apoio aos projectos através de “acompanhamento a nível de planeamento, concretização e divulgação, garantindo a sua eficácia e sucesso no terreno”, como explica Ana Veríssimo. A estratégia prosseguirá, pois, com mais trabalho em parceria com entidades de solidariedade social, governamentais e não-governamentais, “desenvolvendo projectos alavancados nas tecnologias de informação”, conclui.
A Fundação Vodafone apoia há mais de dez anos o desenvolvimento da Sociedade de Informação e o combate à infoexclusão em Portugal. Que balanço faz da vossa actuação na implementação de projectos sociais desenhados de raiz a partir das necessidades identificadas, e desenvolvidos com vista à capacitação? Em todos os projectos lançados pela Fundação há uma fase de monitorização e avaliação do desempenho, com o objectivo de se identificar oportunidades de melhoria e optimização e até a possibilidade de extensão ou aplicação a outras áreas ou ambientes. Entre Abril de 2009 e Março de 2010 a Fundação apoiou 22 projectos, investindo cerca de 2,3 milhões de Euros. Quantos projectos apoiaram no último ano de actividade, qual foi o valor do financiamento total nesse período, e como avalia o vosso percurso desde 2001, ao nível do crescimento das parcerias que vêm desenvolvendo? Acreditamos que os projectos em que estivemos envolvidos na última década acrescentaram valor à sociedade, nomeadamente nas áreas da segurança, ambiente, saúde e educação. Por entender que há ainda muito a fazer, é objectivo da Fundação manter-se focada nestas áreas, embora equacione outros projectos pontuais noutras áreas, designadamente na área da agricultura. É nossa estratégia continuar este caminho – trabalhar em parceria com entidades de solidariedade social, entidades governamentais e não-governamentais – desenvolvendo projectos alavancados nas tecnologias de informação.
Criada em Abril de 2001, inicialmente sob a designação Fundação Telecel Vodafone para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, a Fundação Vodafone Portugal foi a terceira fundação a surgir no âmbito do Grupo Vodafone e é uma entidade sem fins lucrativos constituída para incentivar o desenvolvimento da Sociedade da Informação e combater a infoexclusão. Ao longo dos seus anos de actividade, a Fundação apoiou projectos extremamente relevantes na área da segurança e ambiente, como o programa Praia Saudável (que promove a segurança, acessibilidade e protecção do ambiente em mais de 150 zonas balneares) e na área da saúde, com o Sistema de Monitorização Remota de Epilepsia Pediátrica (concebido para aumentar o número e a taxa de sucesso das intervenções cirúrgicas em crianças com epilepsia), entre muitos outros. Importa reforçar que, mais do que um simples contributo financeiro, o apoio prestado pela Fundação Vodafone Portugal aos projectos passa pelo acompanhamento a nível de planeamento, concretização e divulgação, garantindo a sua eficácia e sucesso no terreno. Uma das mais recentes iniciativas é o lançamento de uma aplicação móvel para Smartphones, gratuita, de acesso ao Ciberdúvidas, projecto que apoiam desde 2005. Que importância tem para a Fundação a defesa e promoção da Língua portuguesa e o contributo para a afirmação dos valores culturais dos países da CPLP? Também na área de “Educação e Cultura” têm em curso, entre inúmeras outras iniciativas, o “Math Survivor” e o Programa Daisy (livros digitais nas escolas para alunos com necessidades especiais). Em que consistem estes dois projectos, e porque é tão prioritária esta área, no actual contexto socioeconómico?
DAISY é o acrónimo de ‘Digital Accessible Information System’, um formato aberto que se tornou na norma para audiolivros digitais acessíveis. O DAISY expande o conceito de audiolivro tradicional, uma vez que inclui o som (com locução humana) e o texto escrito, devidamente sincronizados. Os livros Daisy em conjunto com o software ‘EaseReader’, também fornecido pela Fundação Vodafone Portugal, permitem que o leitor oiça e leia simultaneamente, o que duplica os canais de entrada de informação no cérebro, facilitando a compreensão da mensagem. Estes livros permitem a criação de índices que facilitam o acesso aos capítulos e às secções, permitindo ainda a pesquisa de texto, a colocação de marcadores e a criação de conteúdos áudio pelos professores para disponibilização aos alunos. As opções de acessibilidade incluem a alteração da velocidade de leitura, a escolha do tipo, tamanho e cores do texto, assim como a utilização de atalhos de teclado. O Math Survivor é um jogo didáctico para ajudar a combater o insucesso escolar na Matemática. Assenta numa plataforma informática, em ambiente web, que pode ser acedida em qualquer lugar a partir da Internet. Este projecto resulta de uma parceria com a Associação EPIS – Empresários pela Inclusão Social e a aplicação do jogo em ambiente real está a ser avaliada num programa piloto na Escola Básica do 2º e 3º Ciclo de Cristelo, em Paredes, durante o presente ano lectivo. Esta ferramenta tem como objectivo avaliar os conhecimentos dos alunos em Matemática, acompanhar a sua evolução e identificar as áreas a melhorar, assim como incentivar a sua utilização com o intuito de contribuir para o sucesso escolar. Desenvolvida em HTML5, a aplicação é compatível com todos os dispositivos móveis mais utilizados actualmente (iPad, iPhone, tablets e telefones Android) e permite também a partilha de informação entre professores e pais, que podem acompanhar o desempenho dos educandos/filhos, através de e-mail e SMS informativos. A exemplo do contributo que vêm dando noutros Anos, como o da Pobreza e Inclusão Social ou o do Envelhecimento Activo, têm algum projecto desenvolvido para integrar o Ano Internacional dos Cidadãos (2013)?
Face ao período de crise social económica que Portugal atravessa redefiniram as vossas políticas socialmente responsáveis para as adequar às actuais necessidades da sociedade (desemprego, menor poder de compra, etc.)? Apesar do cenário económico do País, em 2012, a área de Responsabilidade Social manteve o mesmo nível de investimento centrado nas áreas definidas como prioritárias para a Fundação Vodafone Portugal: Ambiente, Educação, Investigação Científica, Novas Tecnologias da Informação, Saúde e Segurança. A Fundação está consciente da sua missão de cidadania e do impacto positivo que as Tecnologias da Informação e Comunicação têm no desenvolvimento da Sociedade e na construção de um futuro mais sustentável. Neste mesmo contexto, a parcela do orçamento do Grupo Vodafone que representa a afectação de recursos aos projectos desenvolvidos pela Fundação Vodafone foi reduzida? |
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Jornalista