Fomentar a colaboração entre todas as empresas para estabelecer as condições necessárias de uma forte projeção das necessidades atuais é um dos objectivos da recém-criada Rede do Empresário. Contando com um universo de sete mil empresas nacionais e internacionais alojadas numa plataforma digital, desenvolveu igualmente as denominadas Business and Science Networks, as quais integram grupos de trabalho em diversas áreas e sectores que se juntam para partilhar conhecimento e gerar projectos
POR TERESA CASCAIS 

Comunicar uma nova marca pode ser um desafio! Em 2019, como muitos empreendedores, abracei e criei o meu próprio negócio, a Rede do Empresário. A inspiração veio pelo contato diário com PME e tendo em conta que em Portugal, desde 2013, as microempresas representam, em média, 96,2% do tecido empresarial, as pequenas 3,2%, as médias 0,5% e as grandes 0,1%. Já em 2018, o total de empresas PME era de 1.294.037, 1.244.495 das quais micro, 42.581 pequenas e 6.961 médias.

Desta forma, a Rede do Empresário (RE) foca-se no tecido empresarial das PME, através de processos colaborativos e com objetivos claros: a partilha do conhecimento, novos projetos, estudos, inovação para o desenvolvimento e manutenção de produtos ou serviços, e gerar meios que facilitem e promovam o diálogo entre a Indústria, a Academia e o Governo.

A Rede do Empresário é uma plataforma digital internacional, com uma equipa de talentos multidisciplinar, com mais de 7000 empresas aderentes, em Portugal, Brasil, Espanha e no continente asiático. E, como todas as redes, a RE diversifica muito as suas atividades, de que são exemplo o apoio à estratégia, vendas e comercialização, comunicação, internacionalização, formação, eventos, entre outros. 

Adicionalmente, temos o nosso “produto de excelência”, e no qual, durante este último ano, grande parte da equipa se focou: o desenvolvimento dos BSNs (Business and Science Networks), que integram grupos de trabalho colaborativos que se juntam para partilhar conhecimento, desenvolver projetos, garantindo interatividade, atividades e iniciativas ao longo do ano. Para isso, cada grupo de trabalho tem uma agenda anual de atividades. 

As áreas dos BSNs integram as SmartCities, Educação e Formação, Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa, Turismo e Enoturismo, Inovação e Tecnologia, Economia Azul, Sector Automóvel, Sector Alimentar, Humanitário, Direitos Humanos e Reconciliação e, por último, Cultural.

Os BSNs têm como objetivo promover o diálogo entre o sector público e privado, a partilha do conhecimento e do saber académico, das boas práticas, de fóruns de debate, a investigação e estudos académicos de impacto, a formação, a par da exploração de novos modelos e abordagens para as questões globais, oferecendo uma orientação abrangente sobre as expectativas económicas para os diferentes sectores de atividade, a nível nacional e internacional.

Considero que o mercado reúne negócios em constante dinâmica e com uma “visão 360”. A RE procura oferecer resultados para pequenas e médias empresas nas suas diferentes áreas transversais. Ao longo do meu percurso, no qual passei por vários sectores em diferentes tipos de organizações, acredito que não devemos abdicar nunca daquela que é a nossa essência. Só assim conseguimos agir com genuinidade podendo dar o nosso melhor contributo para a organização e para as pessoas com que lidamos.

Teresa Cascais

CEO e CO- Founder da Rede do Empresário