O Business & Science Network Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa é um ecossistema entre empresas de diferentes sectores de actividade, organizações para o desenvolvimento sustentável, academia, administração pública, economia social e empreendedores sociais, tendo como propósito estabelecer linhas orientadoras para os diferentes sectores da indústria, fomentando a interacção e a participação activa de forma articulada, para a transformação estratégica rumo a uma Europa Sustentável 2030. Foi lançado esta semana e conta já com 25 entidades parceiras
POR LUÍS ROBERTO
Promovido pela Rede do Empresário, o novo ecossistema, fundado por 25 entidades oriundas dos diferentes sectores da economia, tem como objectivos promover o diálogo entre o sector público e o sector privado, a partilha do conhecimento e do saber académico, a investigação e estudos científicos de impacto, o debate de ideias, a partilha de boas práticas e a exploração de novos modelos e abordagens para as questões do desenvolvimento sustentável, oferecendo uma orientação abrangente sobre as expectativas da sustentabilidade, dentro de Portugal e da zona Euro.
O propósito das empresas e a geração de valor para a sociedade distinguem, nos dias de hoje, as empresas responsáveis das demais. Usar o desenvolvimento sustentável como motor de crescimento será a forma por excelência de as empresas se diferenciarem e consolidarem o seu posicionamento no mercado.
O público financeiro está cada vez mais atento a esta realidade e não é por acaso que os critérios ESG, a taxonomia e as novas exigências de reporte vêm obrigar as empresas a ser cada vez mais transparentes na forma como abordam a sustentabilidade, tornando-se em indicadores vitais para a solidez da sua reputação e para o sucesso do negócio a médio e longo prazo.
Segundo o último Sustainable Development Report, Portugal ocupa a 20ª posição no SDG Index Ranking, numa lista de 193 países, liderada por quatro países nórdicos e com a Áustria a fechar o top 5.
As alterações climáticas, a pobreza, a energia limpa, a inovação e as infra-estruturas, as cidades sustentáveis, o consumo responsável, e as parcerias para a sustentabilidade, continuam a merecer o esforço e o envolvimento de todos nós, para se atingir as metas definidas.
A circularidade como vector de transformação do negócio, a sustentabilidade humana e as mudanças comportamentais e estilos de vida, porventura os menos debatidos até hoje, são também áreas de actuação que importa não esquecer.
A par da estabilidade financeira das empresas e das organizações, a inovação através do digital e da automatização, poderão contribuir também para o surgimento de novas oportunidades de negócio, quando conciliada com a maximização da sustentabilidade.
A qualificação e o desenvolvimento de competências das lideranças nas empresas e organizações, deve igualmente ser visto como um factor multiplicador e mobilizador para uma cultura de sustentabilidade, onde o envolvimento e a participação de todas as estruturas organizativas, é fundamental.
Desde sempre que acredito que a sustentabilidade depende fundamentalmente da capacidade de partilha e colaboração entre as empresas, academia, organizações, governos e cidadãos. Só adoptando esta postura, estaremos em condições de responder aos desafios globais.
A Agenda 2030 lançada em 2015 pelas Nações Unidas contempla, no seu 17º objectivo, as parcerias para a implementação dos objectivos. Como meta, ao nível local, pretende-se incentivar e promover as parcerias públicas, público-privadas e com a sociedade civil.
A Comissão Europeia espera que em 2024, 35% das empresas na Europa tenham a sua estratégia de sustentabilidade definida e iniciem a implementação dos seus projectos com impacto nos sectores onde operam.
A promoção de práticas e acções com o objectivo de proporcionar a sustentabilidade nas suas cinco dimensões – Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parcerias, deve integrar as estratégias das empresas e organizações, traduzindo-se paralelamente na transmissão de confiança e de segurança numa cooperação activa com as outras partes interessadas.
Responder aos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, ao European Green Deal, e às prioridades definidas pelo Estado Português para a implementação dos ODS, obriga-nos a uma reflexão sobre o que nos falta fazer, e a orientar as nossa acções para um novo modelo de actuação que responda às expectativas e ao desejo de todos.
A contribuição, a experiência e o track record de todos nós enquanto ecossistema, é e será fundamental para o futuro sustentável e a sustentabilidade não é mais uma questão de gestão individual de cada um.
O nosso compromisso enquanto ecossistema para a sustentabilidade, é o de fazer congregar os esforços de todos numa resposta colectiva, para o cumprimento das metas, para os desafios de um Portugal sustentável, e para o futuro de todos nós.
Fundadores do BSN – Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa
AMI | APECOM Associação Portuguesa das Empresas de Comunicação
Administração Regional de Saúde / Lisboa e Vale do Tejo | Associação Nuvem Vitória
Biosphera | CAOS | Casa Museu Oliveira Guimarães | Deloitte | Fundação do Gil
Girl Move | Go Parity | GRACE – Empresas Responsáveis | Grupo Portugália Restauração
Hotel Vila Galé | ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas
ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa | Just a Change | PACT-Parque Tecnológico de Évora
Planetiers | Savills | SGS | SIBS | SPEAK | TESE | Unipartner | 55 +
Head of Business & Science Network – Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa
Rede do Empresário