Valorizamos o potencial das pessoas e a ambição que demonstram perante abraçar novos desafios, independentemente da sua dimensão; valorizamos os traços diferenciadores que as distinguem e as movem para concretizar aquilo a que se propõem, na plenitude das suas funções; valorizamos a sua atitude crítica e desafiadora, empenhada em quebrar ideias preconcebidas e em contribuir para o futuro da empresa. É que o nosso retrato… de muitas cores se pinta!
POR CAROLINA PINTO

Questão de partida: como garantir que, na minha empresa, as pessoas têm oportunidade de desenvolver o seu potencial para além das aparências?

Ao focarmo-nos unicamente naquilo que mais de imediato se destaca fisicamente num candidato, estamos a vendar-nos para o que poderá evidenciar um profissional competente e dedicado. Acredito que existe um estigma associado a determinadas características físicas, como se fossem influenciadores das destrezas mentais, comportamentais e sociais da pessoa em questão. E, de facto, por vezes, até são – só não do modo como se pensa.

Carolina Pinto / Internal Communication – Corporate Human Resources Team da Colep

Ao sermos privados de algo que, à partida, seria inato (como andar, ver ou ouvir) desenvolvemos não só os outros sentidos, mas também uma enorme força interior e uma vontade imensa de ultrapassar estes obstáculos com que nem todos se deparam. Mais do que a capacidade de fazer, ou a qualidade do que se faz, referimo-nos à coragem e vontade de fazer, àquela ânsia que jaz no âmago da essência e se reflecte na paixão e na garra com que se abraçam desafios e projectos. Porém, é importante estar ciente dos entraves que existem face às nossas características físicas, e não me refiro exclusivamente a dificuldades motoras. O tom de pele e, até mesmo, a beleza que se considera que se tem, são igualmente limitadores (ou facilitadores) da selecção para uma posição numa empresa. Por razões culturais internas, externas, ou por preconceito específico do recrutador, infelizmente ainda se vê quem encontre nas características externas de um candidato uma justificação para a sua desqualificação.

Naturalmente, devemos estar conscientes da futura envolvência laboral do candidato e compreender se existem condições para o acolher. Esta é outra questão a debater: quem estamos verdadeiramente prontos para acolher? Isto porque, por obrigações decorrentes da legislação, os espaços são construídos por forma a serem adequados a pessoas com limitações físicas – mas será que, no nosso interior, nos encontramos realmente preparados? Nos encontramos disponíveis para nos sentarmos lado a lado com uma pessoa que não nos ouve? Uma pessoa que nos dá um aperto de mão com a mão esquerda, por não possuir o braço direito?

Na Colep procuramos pessoas apaixonadas e com vontade de aprender e de evoluir, porque é precisamente isso que pulsa no ADN da empresa: paixão, garra e ânsia de crescer. Estes sentimentos são visíveis no brilho dos olhos do candidato, na forma como a sua voz ondula enquanto fala e nos gestos que o seu corpo utiliza para se expressar. É isso que o destaca, e não a rapidez com que sobe as escadas ou a cor da sua pele.

[quote_center]Por obrigações decorrentes da legislação, os espaços são construídos por forma a serem adequados a pessoas com limitações físicas – mas será que, no nosso interior, nos encontramos realmente preparados? Nos encontramos disponíveis para nos sentarmos lado a lado com uma pessoa que não nos ouve? Uma pessoa que nos dá um aperto de mão com a mão esquerda, por não possuir o braço direito?[/quote_center]

Nós valorizamos o potencial das pessoas e a ambição que demonstram perante abraçar novos desafios, independentemente da sua dimensão; valorizamos os traços diferenciadores que as distinguem e as movem para concretizar aquilo a que se propõem, na plenitude das suas funções; valorizamos a sua atitude crítica e desafiadora, empenhada em quebrar ideias preconcebidas e em contribuir para o futuro da empresa. Tudo isto coincide com uma preocupação harmoniosa, mas crescente, de acrescentar valor ao seu trabalho, à sua equipa e à Colep como um todo, numa perspectiva de melhoria contínua, seja qual for o seu ponto de partida pessoal.

No total, encontramo-nos em oito países dispersos por três continentes e só no topo da nossa empresa existem cerca de onze nacionalidades diferentes, pelo que a diversidade (étnica) é a nossa realidade. Existe ainda uma multiplicidade de oportunidades diárias, quer falemos de desafios concretos, quer nos refiramos a projectos globais, em que a coragem em abraçá-los é um elemento crucial. Somos um mundo de oportunidades e procuramos crescer diariamente, sempre com os sonhos de cada um!

Num contexto mundial onde a volatilidade e a incerteza são constantes, qual acaba por ser, afinal, a chave certa para o sucesso? Como conseguimos ultrapassar os obstáculos que, por vezes, nos desviam da rota que tão infalivelmente decidimos seguir? Por aqui, acreditamos que uma empresa é como um quadro, em que as diferentes cores e culturas, as aparentes inconformidades com o que foi estabelecido como “normal”, as competências antagónicas, mas complementares, pintam um retrato sustentado em valores como a integração (que é mais abrangente do que a aceitação), o respeito e a justiça. E o nosso retrato… de muitas cores se pinta!

Internal Communication – Corporate Human Resources Team da Colep