POR HELENA OLIVEIRA
Se é verdade que não existe um consenso alargado sobre a origem do termo “empreendedor” – vem do francês entrepreneur , mas foi cunhado pelo economista Richard Cantillion ou, pelo contrário, pelo seu congénere Jean-Baptiste Say, um confesso admirador de Adam Smith? – as características que o definem são, em regra, universalmente aceites: para além do significado original atribuído por Say, que o traduz como aventureiro, um verdadeiro empreendedor é – de acordo com o pensamento vigente – alguém com um elevado nível de autoconfiança, orientado para os resultados, propenso a ter uma ideia brilhante que poderá criar disrupção num mercado ou indústria mas e acima de tudo, alguém que gosta do risco e da adrenalina que o mesmo desperta.
Estes mesmos empreendedores, também conhecidos como inovadores ou como pessoas “originais” são, hoje em dia, uma espécie de modelo “quero ser como ele ou ela quando for grande”. Todos querem mudar o mundo como o conhecemos, todos aspiram a ser o “próximo” Steve Jobs ou, para dar um exemplo de quem ainda está (muito) vivo, Elon Musk – ao qual o VER dedicou um artigo a semana passada – em conjunto com outros seus similares que, na imaginação colectiva, têm uma ideia brilhante, uma espécie de epifania, correm, com gosto, riscos desmesurados e, com sorte, acabam em pouco tempo a ganhar milhões e a coleccioná-los.
[pull_quote_left]Adam Grant não acredita em estereótipos e convence-nos de que todos temos ideias inovadoras – mesmo que não nos consideremos super-criativos ou não-conformistas rebeldes[/pull_quote_left]
Todavia, há quem não pense assim. Adam Grant, ex-mergulhador olímpico, ex-mágico profissional, psicólogo organizacional e o mais jovem professor de Gestão na Wharton School of Business – avaliado pelos seus alunos como o “melhor docente” da universidade e também o mais novo entre os seus colegas a ganhar um lugar na sua prestigiada escola de negócios (ali lecciona apenas desde 2011) – lançou, em livro, os resultados de várias pesquisas que fez nos últimos anos, embrulhando-as numa escrita leve, escorreita e cativante, acrescentando histórias reais que dão sempre um colorido especial a qualquer obra mas, e mais importante que tudo, desafiando uma grande parte dos pressupostos que caracterizam os inovadores ou os não-conformistas, estes últimos fazendo parte do subtítulo da obra “Originals: How Non-Conformists Move the World”.
Depois do sucesso do seu primeiro livro, Give and Take: Why Helping Others Drive Our Sucess” – e sobre o qual o VER já escreveu, que chegou ao topo de vendas, transformando-se num best-seller em pouco tempo e que tinha como premissa, surpreendente para os líderes da gestão “aguerridos”, o facto de a generosidade poder ser o estímulo ideal para uma carreira profissional de sucesso, segue agora, neste “Originals” uma receita similar. Para além de variadíssimos estudos consultados, pesquisas e experiências por ele realizadas, são muitas as histórias de pensadores criativos célebres com lugar na História que condimentam também a sua escrita, para além de um conjunto extenso de entrevistas feitas a “inovadores de sucesso” da actualidade. Mas e exactamente porque Adam Grant não acredita em estereótipos, o livro ilustra também o percurso de muitos desconhecidos e convence-nos, a nós, comuns dos mortais, que todos temos boas ideias – mesmo que não nos consideremos super-criativos ou não-conformistas rebeldes.
[pull_quote_left]Os empreendedores de sucesso são muito mais propensos a jogar pelo seguro do que os empreendedores falhados[/pull_quote_left]
O problema, afirma, é que na maioria dos casos, não “agimos” sobre essas ideias, na medida em que temos medo de ser rejeitados ou ridicularizados. Quanto à definição de “boa ideia”, o autor afirma que a mesma não tem de ser disruptiva ou ultra-inovadora, apesar de vivermos numa era em que tanto os consumidores, como os próprios investidores, acabam por subvalorizar qualquer coisa que não seja um “game-changer” como o novo iPhone ou coisa parecida. Adicionalmente, essa (boa) ideia pode ser tão simples como alterar uma rotina de trabalho, a forma como se conduzem reuniões ou educamos os nossos filhos, todas elas tão válidas quanto um novo produto ou serviço ou uma boa reviravolta em algo que fazemos “por defeito” e que finalmente temos coragem para mudar. E é também por isso que uma das premissas básicas para começarmos a ler este livro é compreendermos a diferença existente entre a originalidade e a criatividade, bem como o significado da “não-conformidade”.
Como afirmou ao The New York Times, “a criatividade consiste em gerar ideias que sejam inovadoras e úteis”, mas a forma como define os seus “originais” está, ao invés, relacionada com as pessoas que vão além de uma mera idealização e que tomam a iniciativa para tornar as suas visões ou sonhos em realidade. O autor afirma ainda que este livro pode ser considerado como uma “sequela da criatividade, no sentido da defesa de novas ideias”. Já a sua definição de não-conformista está bem patente numa entrevista realizada pela Smithsonian.com: “para mim, ser um não-conformista não está relacionado com a definição comum da não-conformidade em nome da diferença”, afirma, acrescentando que o seu objectivo é provar que é possível “tentar melhorar qualquer coisa”, tendo em particular atenção o facto de que “devemos pensar por nós mesmos e não nos limitarmos a seguir a multidão só porque [algo] é popular”.
Apesar de não ir tão longe quanto o célebre escritor norte-americano Mark Twain, que afirmava que “todas as ideias são, no essencial, em segunda mão”, a definição escolhida pelo autor de “Originals” é suficientemente abrangente para nos conferir esperança de que, afinal, também podemos pertencer ao clube dos inovadores: “A originalidade envolve a introdução e o envolvimento de uma ideia relativamente pouco usual no interior de um domínio em particular e que tem potencial para ser melhorada. E a própria originalidade começa com a criatividade: através da geração de um conceito que é, em simultâneo, novo e útil. Todavia, a mesma não termina aqui. Os originais são pessoas que tomam a iniciativa de tornar reais as suas visões ou ideias”, escreve.
Mitigadores de risco e revolucionários relutantes
O fascínio sobre aquelas que são consideradas “pessoas originais”, seja em que domínio for, e tentar descobrir o que têm em comum, é um ponto de partida trivial para muitos autores, e ao qual o próprio Adam Grant não escapou. Todavia, o que realmente faz deste livro uma lufada de ar fresco no ambiente carregado de ideias feitas e estereótipos reciclados, é exactamente a desmistificação de muitos conceitos e definições que há muito aceitámos sem questionar. E, no geral, as suas principais conclusões depois das pesquisas efectuadas são, realmente, originais.
A primeira está relacionada com o gosto desmesurado pelo risco que todos parecem imputar a qualquer empreendedor ou inovador. Grant não concorda com esta visão, antes argumenta que estas pessoas originais são, na verdade, movidas pela cautela ou, como as denomina “mitigadores do risco”: ou seja, não são, de todo pessoas que saltam para o precipício sem antes olharem para a possível queda que as espera. Um outro epíteto que pode ser utilizado para definir aqueles que são considerados como empreendedores ou inovadores de sucesso nada tem a ver com a imagem destemida que os mesmos ostentam: “revolucionários relutantes” é o termo que o autor utiliza para classificar, por exemplo, os famosos “pais fundadores” dos Estados Unidos, entre muitas outras personalidades que vão dando corpo aos argumentos que defende.
Assim e numa outra entrevista realizada pela NPR, o professor de Wharton afirma que os empreendedores de sucesso são muito mais propensos a jogar pelo seguro e que têm mais planos B – caso algo corra mal – do que os empreendedores falhados. O facto de não se dedicarem exclusivamente a uma determinada ideia é igualmente importante, na medida em que todo o tempo que passam a trabalhar em projectos alternativos confere-lhes uma liberdade muito maior para fazerem algo realmente original. Este argumento está também relacionado com o facto de Grant ter concluído que é mais inovador aquele que não se limita a aperfeiçoar determinada ideia ou projecto, mas o que diversifica a sua intervenção em domínios variados: “quanto mais familiarizado se está com um determinado domínio, menos criativo se consegue ser”, garante ainda.
[pull_quote_left]É mais inovador aquele que não se limita a aperfeiçoar determinada ideia ou projecto, mas o que diversifica a sua intervenção em domínios variados: “quanto mais familiarizado se está com um determinado domínio, menos criativo se consegue ser”, garante o autor[/pull_quote_left]
Uma segunda “grande” conclusão a que chegou é que estes empreendedores ou inovadores têm tantas dúvidas e medos como qualquer um de nós, não contendo, como é comummente aceite, uma “convicção absoluta desde o dia 1” de que irão realmente criar ou gerar uma grande ideia ou uma empresa disruptiva.
Segue-se uma outra desmistificação realmente surpreendente, a qual merecerá uma análise mais detalhada no decorrer deste artigo, na medida em que não só é outra característica que cabe no interior dos estereótipos preferidos, mas porque nos afecta a (quase) todos nós. Estamos a falar da “procrastinação estratégica”, a qual é usada com mestria pelos não-conformistas e que é inversa à ideia vigente de que os empreendedores não descansam enquanto não terminam o seu “disruptor projecto”.
Por último, e no que respeita às grandes “descobertas” resultantes da sua pesquisa, um verdadeiro inovador ou empreendedor ou até um génio não tem um “momento eureka”, mas sim uma tonelada de ideias, as quais e na sua esmagadora maioria, são más. Contudo, é desta proliferação de ideias que surgirá aquela que mais perto está da originalidade. Ao NYTimes explicou também que “um dos erros em que muitos de nós incorre é considerarmos que, por as nossas primeiras ideias serem, habitualmente, convencionais, paramos por aí e não ousamos pensar mais”. E acredita que é exactamente no momento em que declaramos “não tenho nenhuma ideia sobre isto” que mais liberdade sentimos para pensar de forma original, na medida em que já esgotámos tudo o que é definido como “dentro da normalidade”.
Einstein personifica bem este conceito: apesar de ter sido considerado brilhante ao longo de toda a sua carreira e das 248 publicações que produziu, os seus mais importantes papers foram publicados num relativamente curto espaço de tempo; o mesmo acontece com as composições musicais de Mozart, Bach e Beethoven, as quais, apesar de serem muitas, apenas uma pequena fracção é habitualmente escolhida para ser tocada nos grandes palcos ; um outro exemplo é o trabalho prolífico de Picasso, com apenas alguns quadros a serem considerados como verdadeiras obras de arte. Ou, em suma, é melhor gerar uma miríade de ideias, do que nos limitarmos a tentar atingir a perfeição em alguma que seja específica.
O momento “vuja de” e a estranha experiência do browser
Não, não é uma gralha e sim, é uma reviravolta inventada pelo autor no que respeita ao tão conhecido “déja vu”. Apesar de o conceito ser abordado por muitos dos críticos que reviram a sua obra, bem como em várias das entrevistas que concedeu aquando do seu lançamento, é Maria Popova, a reconhecida jornalista, “filósofa da internet” e criadora do também famoso blog “Brain Pickings”que melhor o define: tendo em conta que o ponto de partida da originalidade é a curiosidade, a noção de “déja vu” ocorre quando encontramos algo novo, mas que “sentimos” já ter visto ou sentido antes; pelo contrário, o termo cunhado por Adam Grant – “vuja de” – surge quando nos deparamos com algo que nos é familiar, mas que é encarado por nós a partir de uma perspectiva nova e “fresca”, a qual nos capacita para ganhar “novos olhos para velhos problemas” e, é claro, para produzirmos algum tipo de inovação.
Esta ideia está relacionada a uma outra igualmente importante defendida pelo autor, a qual foi objecto de intensa pesquisa e que é definida como a “experiência do browser”. Em traços muito gerais, o psicólogo organizacional garante que a escolha de um browser é um bom indicador da existência ou ausência de “não-conformismo” em cada um de nós. Para aqueles que confiam na “escolha por default” – seja o Internet Explorer ou o Safari – sair de qualquer que seja a zona de conforto é muitíssimo improvável. Ao invés, os que têm vontade de investigar, instalar e utilizar um browser alternativo – o Chrome ou o Firefox – têm uma predisposição muito mais acentuada para a inovação. Um dos ambientes em que foi testada esta “premissa” foi a dos call centres: os trabalhadores dos serviços de apoio a clientes que usavam o Chrome ou o Firefox obtiveram resultados muito melhores em termos de performance, para além de se sentirem, comparativamente aos demais, muito mais satisfeitos com o trabalho que desempenham.
[pull_quote_left]Um verdadeiro inovador ou empreendedor, ou mesmo um génio, não tem um “momento eureka”, mas sim uma tonelada de ideias, as quais e na sua esmagadora maioria, são más[/pull_quote_left]
O exemplo pode não parecer convincente, mas a verdade é que quando a curiosidade vai além da insatisfação que sentimos “por default” em qualquer que seja o domínio das nossas vidas e tendo em conta que as normas e os sistemas “padrão” foram e são criados por pessoas, essa consciencialização confere-nos a coragem de pensar que realmente temos o poder de mudar alguma coisa e inovar. E aqui chegamos ao paradoxo dos “grandes feitos”, sobre o qual Grant afirma que as pessoas que consideramos como prodígios não são verdadeiros inovadores, na medida em que apesar de se excederem em performances de excelência, não contribuem com nenhuma ideia verdadeiramente original.
Como escreve: “apesar de os meninos-prodígio serem geralmente ricos em talento e ambição, aquilo que os impede de ‘mudarem o mundo’ é a sua incapacidade para aprenderem a ser originais. Ao actuarem no Carnegie Hall, ao ganharem as olimpíadas da ciência ou ao se revelarem campeões de xadrez, algo terrível lhes acontece: a prática ajuda à perfeição, mas não gera inovação”. E, acrescenta, “os talentosos podem tocar, de forma magnífica, as melodias de Mozart ou as sinfonias de Beethoven, mas nunca compuseram nenhuma peça original. E isso deve-se ao facto de concentrarem as suas energias no consumo de conhecimento científico já existente e não na produção de algo inovador. Ou seja, conformam-se com as regras codificadas de jogos há muito definidos, em vez de inventarem as suas próprias regras ou os seus próprios jogos”.
Procrastinação estratégica aumenta a criatividade
Quem é que não comete o aparente pecado da procrastinação? Quem nunca deixou para a última hora um projecto importante, um trabalho para entregar na faculdade, uma apresentação para uma conferência ou uma qualquer outra tarefa? De acordo com Adam Grant e com as estatísticas que apresenta, 80% dos alunos universitários fazem-no e cerca de 20% dos adultos admitem sofrer deste mal, sendo o próprio autor a alertar para o facto de esta percentagem parecer muito aquém da realidade, o que pode ser explicado por aqueles que resolveram procrastinar na resposta ao questionário sobre o mesmo tema.
Mas a verdade é que aquilo que parece ser um mal comum para a maioria das pessoas pode ser, no entender de Grant, uma enorme vantagem. Como se pode ler num excelente artigo de opinião que assinou no The New York Times, para aguçar a curiosidade para o lançamento do seu livro – e sendo o capítulo dedicado a esta temática, indubitavelmente, um dos mais surpreendentes e interessantes de toda a obra – “a procrastinação pode ser entendida como um vício para a produtividade, mas como uma virtude para a criatividade”. Mas servirá esta ideia, contrária ao pensamento vigente, para caracterizar também os “feitos monumentais”? Grant assegura que sim e apresenta algumas histórias que exemplificam grandes e talentosos procrastinadores da nossa história.
[pull_quote_left]A prática ajuda à perfeição, mas não gera inovação[/pull_quote_left]
Comecemos pelo genial, sem dúvida, Leonardo Da Vinci e pela talvez mais famosa pintura de todo o sempre: a indecifrável Mona Lisa. Reza a história que Da Vinci abandonou a pintura da sua musa depois de a ter iniciado em 1503, apenas regressando a ela e terminando-a 16 anos depois, preferindo, nesse longo interregno, concentrar-se em outros dos muitos e variados interesses que possuía. De acordo com Grant, os historiadores da actualidade reconhecem agora que este longo e criativo “brainstorming” foi o que permitiu ao génio italiano produzir um trabalho artístico completamente original. Martin Luther King Jr. e o seu discurso “I Have a Dream” é outro dos exemplos que ilustram as vantagens da procrastinação: antes de escrever o discurso que se tornaria icónico, o activista afro-americano esteve quatro dias a pensar no mesmo – numa espécie de “pensamento criativo em banho-maria” – e estava ainda a editá-lo no momento em que subiu ao palanque para discursar. E, mais surpreendente ainda, é o facto de o “título” do discurso agora reconhecido em todo o mundo não ser original, ou melhor, da sua autoria. Na verdade, King acabaria por o incluir, já enquanto dissertava, porque uma das suas favoritas cantoras de gospel, Mahalia Jackson, gritou ‘fala-lhes do sonho, Martin!”. A mesma base funciona para outros “inovadores mais contemporâneos” como é o caso de Steve Jobs – que, de acordo com muitos dos seus colaboradores procrastinava constantemente; ou com Bill Clinton, conhecido por ser um “procrastinador crónico” na medida em que esperava sempre até ao último minuto para rever os seus discursos; ou ainda com o arquitecto Frank Lloyd Wright, que passou quase um ano inteiro a adiar o trabalho que Edgar Kaufmann Sr. – um importante homem de negócios norte-americano – lhe tinha encomendado. Wright, que tinha sido professor do filho de Kaufmann, foi forçado – depois de o seu patrono ter quase perdido a paciência – a produzir uma maquete em tempo recorde, a qual se transformaria numa das suas obras-primas: a Fallingwater (conhecida como a Casa da Cascata por ter sido erguida parcialmente sobre uma pequena queda de água, servindo-se dos elementos naturais presentes como constituintes da célebre composição arquitectónica). Ou, como assegura o autor, “criar a originalidade não é para os impacientes”, sendo que a procrastinação – não excessiva, mas equilibrada ou estratégica – confere também um espaço maior à improvisação.
[pull_quote_left]A procrastinação pode ser entendida como um vício para a produtividade, mas como uma virtude para a criatividade[/pull_quote_left]
Para Grant, reflectir sobre determinado projecto, adiando-o, em vez de o abordar de imediato e forçar a sua consecução, confere o “espaço para respirar” necessário para aperfeiçoar determinada ideia. Este conceito é denominado, em psicologia, como o “efeito Zeigarnik”, baptizado com o nome do psicólogo russo Bluma Zeigarnik , responsável pela teoria que afirma que as pessoas têm uma melhor memória para projectos não terminados. Ou, por outras palavras, quando temos uma tarefa “a pairar” sobre a nossa cabeça, não deixamos de pensar nela e, na maioria dos casos, acabamos por encontrar uma solução muito mais criativa para a mesma, do que se a tivéssemos tentado “despachar” mais cedo.
Obviamente que a procrastinação não pode ir longe demais e que o risco de se tornar destrutiva é demasiado elevado para arriscarmos. Se esperamos até ao último minuto para iniciar (e terminar) determinado projecto, não há criatividade que nos salve. A pressa é também inimiga da perfeição e apenas resulta numa ideia demasiado simplista, sem qualquer teor inovador, o que poderá provocar dissabores não muito difíceis de imaginar.
Todavia, e como sugere Adam Grant no artigo de opinião anteriormente citado, “da próxima vez que sentir o peso da culpa ou desprezo por si mesmo porque é um procrastinador, lembre-se que, nas doses certas, a procrastinação torná-lo-á mais criativo”.
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