Promover as diferentes dimensões da Responsabilidade Social, contribuindo “de forma significativa e real para a implementação de políticas e práticas sustentadas na gestão das organizações” é a prioridade máxima da RSO PT que realiza, a 18 de Abril, a sua 5ª Convenção Anual. Ao VER, Celina Gil e Isabel Rodrigues, do Steering Committee desta Rede, antevêem um debate centrado “na pertinência da gestão responsável nas questões da empregabilidade”
A REDE RSO PT foi lançada em 2008, mas nasceu em 2006, na sequência de uma actividade pioneira desenvolvida no âmbito da iniciativa comunitária EQUAL, que agregou projectos com objectivos similares em nove redes temáticas. A RT9 congrega então catorze promotores de sete projectos, financiados por este Programa, “que objectivam o desenvolvimento, operacionalização e incorporação de conceitos e ferramentas de Responsabilidade Social nas organizações”. Finda a EQUAL, as organizações que, à data, integram a RT9 decidem-se pela sustentabilidade desta estrutura e procuram, junto das suas redes de contactos, outras entidades empenhadas nesta temática. Em Novembro de 2008, durante o 3º Fórum da Responsabilidade Social das Organizações e Sustentabilidade, 92 organizações de diferentes actividades, dimensões e formas jurídicas juntam-se para estabelecer uma parceria para o desenvolvimento da RS em Portugal. Esta é a história da Rede Nacional de Responsabilidade Social – RSO PT, que, segundo Celina Gil e Isabel Rodrigues, respectivamente do IAPMEI/coordenação da RSO PT e da Câmara Municipal de Loures/coordenação do Grupo de Trabalho Comunicação e Marketing da RSO PT, “materializa e dá continuidade ao trabalho impulsionado pela EQUAL”. Pautando a sua actuação no respeito pela Carta de Princípios e pelo Regulamento da REDE (em processo de revisão no presente momento), esta ”estrutura aberta, sem personalidade jurídica, multissectorial e multifuncional”, que integra organizações comprometidas com o tema da RS, tem como prioridade, de acordo com as duas representantes, promover as suas diferentes dimensões, e “contribuir de forma significativa e real para a implementação de políticas e práticas sustentadas na gestão das organizações”. Impacto da gestão responsável em debate Operacionalizando a sua missão, entre outras acções, através das actividades desenvolvidas pelos Grupos de Trabalho Temáticos (GT), “unidades operacionais cuja função é promover e sistematizar informação pertinente aos membros”, a REDE dinamiza hoje seis GT: Comunicação e Marketing; Educação e Formação; Empreendedorismo Responsável; Igualdade de Género; ISO 26000 e Observatório de Responsabilidade Social. Todas as actividades são asseguradas a partir da participação dos membros da REDE, em regime pró Bono.
Adiantando que a RSO PT está disponível para “analisar outras formas de participação, e avaliar propostas de criação de task-forces ou grupos de peritos em áreas com relevância para a REDE”, Celina Gil e Isabel Rodrigues sublinham que a missão prioritária continua a ser a dinamização de actividades para a implementação da RS em Portugal, incentivando atitudes em prol do desenvolvimento sustentável”. É o que irá acontecer no próximo dia 18 de Abril, no âmbito da 5ª Convenção Anual RSO PT, que terá lugar no Auditório do Montepio, em Lisboa. O evento integrará dois momentos distintos: um período de “Portas Abertas”, durante a manhã, destinado a todas as pessoas com interesse no tema “Empregabilidade e Relações Laborais”; e uma sessão à tarde, reservada aos membros RSO PT, com a agenda de trabalho a privilegiar o debate relativo ao balanço da actividade em desenvolvimento e perspectivas futuras da REDE. O seminário agendado para as 9h30 dará lugar ao debate e à reflexão sobre a RS e a sua pertinência e enquadramento nas questões do emprego e do trabalho. O objectivo é discutir “a regulação do emprego e do trabalho e a capacidade de adequação do profissional às necessidades e dinâmicas do mercado de trabalho, realçando os potenciais benefícios da adopção de práticas de gestão socialmente responsáveis no sucesso e sustentabilidade das mais diversas organizações”. O encontro inclui a intervenção do professor Rogério Roque Amaro, do ISCTE, e uma mesa-redonda moderada pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, e constituída pela ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho, CH Business Consulting, Dianova e Fundação AIP. A RSO PT disponibiliza para esta sessão, mediante inscrição prévia, tradução simultânea para Língua Gestual Portuguesa.
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Jornalista