POR CECOA
Vários estudos comprovam que pessoas mais felizes, são mais produtivas. “Encontrando-se o nosso país aquém dos níveis de produtividade desejáveis, em termos económicos, e a ocupar um “triste” 94º lugar num ranking de 157 países, o último relatório anual das Nações Unidas sobre felicidade, podemos ser levados a crer que se os portugueses forem mais felizes, também se poderão tornar mais produtivos.” Foi com estas palavras que Isabel Silva Luís, Directora do CECOA – Centro de Formação Profissional para o Comércio e Afins, justificou a escolha do tema dos Encontros comemorativos dos 30 anos de existência desta organização: “Formação, Bem-Estar e Produtividade nas Organizações”.
Nas três edições, realizadas a 9 de Fevereiro, em Coimbra, 16 de Fevereiro, no Porto, e 23 de Fevereiro, em Lisboa, estes Encontros contaram com o contributo de representantes do IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional e da CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal. O encerramento, em Lisboa, contou também com a presença do Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita que, enfatizando a importância do investimento pessoal e nacional na qualificação, mesmo num período mais conturbado em termos de apoios financeiros, enalteceu o trabalho desenvolvido pelo CECOA nestes 30 anos, referindo tratar-se de um centro que aposta na inovação e na qualidade da sua formação e em projectos de investigação e desenvolvimento para o sector do comércio e dos serviços.
As componentes de bem-estar na gestão
O tema da formação, bem-estar e produtividade nas organizações foi o mote para uma reflexão sobre o novo paradigma da felicidade no trabalho, à luz do Modelo PERMA, da autoria do psicólogo, professor da Universidade da Pensilvânia e investigador na área da Psicologia Positiva Martin Seligman, e aqui apresentado pela especialista em Psicologia Positiva Aplicada, Susana Albuquerque.
Segundo este modelo existem cinco componentes do bem-estar:
1) Emoções positivas (P – Positive Emotions);
2) Envolvimento naquilo que fazemos (E – Engagement);
3) Relações positivas com os outros (R – Relationships);
4) Significado ou sentido – pertencer e servir algo que acreditamos ser maior do que nós próprios (M – Meaning);
5) Realização ou sucesso pessoal (A – Achievement).
Desta forma podemos compreender as componentes do nosso bem-estar psicológico em qualquer contexto, nomeadamente no trabalho, medi-lo, e se for o caso, adoptar as medidas necessárias ao nível da gestão e da formação.
Para além da indiscutível mais-valia do CECOA em termos do aumento da qualificação dos portugueses, acompanhando a evolução das profissões do comércio e serviços, reflectimos, nestes Encontros, sobre a importância que a formação tem no aumento da qualidade de vida e no florescimento e bem-estar das pessoas, a nível pessoal e profissional.
A actuação do CECOA ao longo dos seus 30 anos de existência está repleta de histórias organizacionais que comprovam como a formação pode promover a realização pessoal ao mesmo tempo que fomenta a cultura interna e a produtividade. O testemunho de algumas empresas que colaboram com o CECOA e as histórias de sucesso de alguns ex-formandos foram essenciais para perceber essa realidade.