Apesar de 67,3% dos executivos inquiridos no Barómetro da ACEGE duvidarem que a Directiva que impõe a redução dos prazos de pagamento a fornecedores será implementada pelas empresas e no sector público, quase 90% defendem que a medida terá efeitos positivos na economia, e mais de 80% nas PME. O inquérito deste mês revela também que só 24,7% dos executivos admite antecipar investimentos para aproveitar o supercrédito fiscal

O Barómetro de Junho da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) destaca a aprovação em Conselho de Ministros, em Abril de 2013, da Directiva Comunitária para o pagamento atempado a fornecedores, questionando os empresários e gestores cristãos relativamente às suas intenções e expectativas face à redução dos prazos de pagamento, agora fixados em 60 dias no sector privado, e entre 30 a 60 dias no sector público.

Apesar de mais de metade (52,5%) dos executivos admitir não ter ainda conhecimento da medida (contra 47,5% que já a conheciam), uma significativa percentagem dos empresários cristãos – 88,3% – defende que a mesma terá efeitos positivos na economia, e 82,1% consideram que terá um efeito positivo nas PME (ao contrário de 14,7% dos executivos inquiridos, que não concordam com esta questão).

Contudo, apenas 22,8% acreditam que a medida que impõe a redução dos prazos de pagamento a fornecedores será implementada, quer pelas empresas, quer no sector público, enquanto 67,3% diz não acreditar que tal aconteça (e 9,9% não sabem ou não respondem).

Só 25% admite antecipar investimentos
Outra das principais conclusões da 18.ª edição do Barómetro ACEGE/OJE/Rádio Renascença prende-se com a proposta que envolve a redução de impostos, para 7,5%, a quem gerar emprego, via investimento, no âmbito da qual Vitor Gaspar e Álvaro Santos Pereira declararam que “é a hora do investimento”. Questionados sobre se, perante o limite temporal imposto para este benefício na criação de postos de trabalho – de 1 de Junho a 31 de Dezembro – esta é, realmente, a hora do investimento, os empresários cristãos encontram-se divididos, com 50% a concordar e 43,8% a discordar dos Ministros das Finanças e da Economia (6,2% não sabem ou não respondem).

Apenas para metade dos executivos “é a hora do investimento” .
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O inquérito deste mês revela também que somente 24,7% dos executivos admite antecipar investimentos para aproveitar o supercrédito fiscal, contra 52,5% que não vão aderir à medida anunciada pelo Governo, e 22,8% que não sabem/não respondem.

Por outro lado, 45,7% dos empresários cristãos que participam no Barómetro de Junho afirmam que os incentivos à contratação de jovens são eficazes, e 38,9% afirmam o contrário (15,4% não sabem/não respondem).

Relativamente às competências dos credores internacionais, questão que ganhou visibilidade depois do relatório do Fundo Monetário Internacional ter admitido falhas no primeiro resgate grego, mais de 80% dos inquiridos consideram que deve haver uma melhor definição das competências do FMI, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu. Uma larga maioria (82,1%) concorda assim com o economista Alessandro Leipod, que defende que a troika deveria ter um memorando de entendimento, e que a ausência de papéis bem definidos tem contribuído para projecções macroeconómicas erróneas, dificuldades na implementação dos programas e consequentes derrapagens. Apenas 6,8% dos empresários discordam com a questão, e 11,1% não sabem ou não respondem

Ainda “não há desestruturação social no País”
Finalmente, se uma maioria de 61,1% concorda com a afirmação do Presidente da República, defendendo que apesar da austeridade “não há desestruturação social no País” (ao passo que 37,7% discordam), também uma maioria, de 56,8%, concorda que Portugal é um dos países onde o risco de agitação social mais aumentou, como concluiu recentemente a Organização Mundial do Trabalho. Já 35,2% discordam da OIT e 8% não sabem/não respondem.

O Barómetro inclui ainda a questão fixa “Como define o seu estado de espírito em relação ao País?”, que permite determinar uma tendência. Este mês os executivos mostram-se ligeiramente mais pessimistas, comparativamente ao último inquérito: os “moderadamente optimistas”, que quase duplicaram em Maio face ao inquérito anterior, voltaram a diminuir, de 31,3% para 24,7%. E os “moderadamente pessimistas”, que haviam diminuído de 43,5 para 31,9%, no mesmo período, voltaram a aumentar, para 35,2%. Os “francamente pessimistas” também voltaram a diminuir, de 18,7%, na edição do mês passado, para 16%, em Junho.

Realizado em colaboração com a Netsondajunto de altos responsáveis de empresas portuguesas, o inquérito é constituído por perguntas de sentimento económico formuladas pelos três parceiros da iniciativa e enviadas aos gestores associados da ACEGE. A presente edição deste estudo de opinião foi realizada entre os dias 12 e 14 de Junho, período em que foram questionados 1192 empresários e validadas 162 respostas.

Aceda aos resultados do Barómetro

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