No âmbito do Executive MBA AESE/IESE, os participantes desenvolvem um projecto de empreendedorismo em articulação com organizações sociais. O VER conversou com três das nove equipas que trabalharam recentemente em contacto directo com as instituições, com vista a melhorar a sua estrutura organizacional, optimizar recursos e incrementar a captação de fundos. Para os gestores envolvidos, mais que desenvolver as suas competências de Gestão, a experiência vale pela sua riqueza humana única
POR GABRIELA COSTA
Entre outras valências, o Executive MBA AESE/IESE desenvolve, desde a sua 1ª edição, o espírito empreendedor dos participantes, dedicando uma atenção especial ao empreendedorismo social (ES). No âmbito da disciplina “Governo das Organizações Sociais”, que procura sensibilizar para os problemas da sociedade e colocar o seu saber ao serviço daqueles que mais precisam, os alunos no 12º Executive MBA AESE/IESE desenvolveram um trabalho sobre este que é “um tema muito caro à nossa escola de negócios, e que tem servido de mote a vários casos escritos na AESE”, sublinha ao VER a instituição de referência, que tem no professor Eugénio Viassa Monteiro o seu grande motor do empreendedorismo social.
O projecto reuniu nove equipas que visitaram nove organizações nacionais de cariz social: Associação Nacional de Direito ao Crédito, BIPP – Banco de Informação de Pais para Pais, CASCUZ, Dress for Success Portugal, Fundación Tomas-Pascual y Pilar Gomez Cuétara, Liga Portuguesa contra o Cancro (zona regional do Sul), Raríssimas: Associação de doenças mentais e raras, RE-FOOD 4 GOOD e Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos do Hospital da Luz. Objectivo? Estabelecer contacto directo com as instituições, percebendo a abrangência da sua missão na resposta a determinadas carências sociais, sugerindo melhorias na gestão de recursos e da estrutura organizacional que permitam impactar mais beneficiários e, inclusivamente, apresentando propostas para captação de fundos.
Aproveitando as competências de gestão dos participantes no Executive MBA, a AESE propõe-lhes, no decorrer do programa, este contacto directo, com vista a “aperfeiçoarem as suas capacidades, colocando-as ao serviço de organizações em que os recursos são particularmente escassos, não só em tempos de crise”, sublinha a escola de negócios.
As equipas, de quatro elementos, e constituídas pelos próprios participantes, desenvolveram o seu trabalho entre Janeiro e Abril deste ano, realizando várias entrevistas com os responsáveis pelas organizações sociais, de forma a conhecerem a missão e o público que visam servir.
Cada grupo dedicou-se ao estudo de uma instituição, “que pressupôs o conhecimento profundo da missão e dos clientes, o diagnóstico da situação, fontes de financiamento e a sustentabilidade da ideia”. Para além das sugestões de melhoria para a optimização dos recursos, foram apresentadas propostas para o estabelecimento de parcerias institucionais que viabilizem as actividades desenvolvidas presentemente e no futuro.
O VER conversou com os grupos de trabalho do Executive MBA AESE/IESE que constituíram equipa e visitaram as organizações Dress for Success (Teresa Beleza, directora de Recursos Humanos DALKIA, Alexandra Cerqueira, técnica de Radiologia na Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Marta Ramalhete, farmacêutica adjunta e António Canto e Castro, formador e Controlo de Gestão da OurTime); Associação RE-FOOD (Renato Carvalho, responsável do Departamento de Desenvolvimento Tecnológico da IBEROL, Luís Nobre Vinagre, senior account manager da SMITHS MEDICAL PORTUGAL, Miguel Dória, director técnico da RCAT – REFRIGERAÇÃO, COGERAÇÃO E ACUMULAÇÃO TÉRMICA e Nuno Salgueiro Antunes, sales and operational director na Strong Segurança); e BIPP – Banco de Informação de Pais para Pais (Susana Arié, brand manager Shiseido da ROUDOLPH ARIÉ, João Silva, marketing manager na Nestlé Nespresso, José Antunes, medical diretor da Janssen e Narciso Melo, advisory – Corporate Finance e senior manager da PwC).
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“Desenvolvemos competências de gestão, mas sobretudo tivemos uma experiência de riqueza humana única” – Equipa AESE no BIPP
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“As soluções para problemas da comunidade podem vir essencialmente de dentro da própria comunidade”
– Equipa AESE na RE-FOOD
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“O acesso ao trabalho como única fonte de rendimento, a capacidade de gestão do orçamento familiar e a mobilidade social são factores críticos de sucesso” – Equipa AESE na Dress for Success
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Como surgiu a oportunidade de constituírem equipas, no âmbito do Executive MBA AESE/IESE, para visitarem uma organização social e desenvolverem um projecto em parceria com os seus colaboradores?
DRESS FOR SUCCESS
No âmbito da disciplina “Governo das Organizações Sociais”, foi colocado o desafio de analisar uma organização sem fins lucrativos e realizar “trabalho de campo” no sentido de aplicar os conceitos e boas regras de gestão. Participar neste projecto (como participantes e não como alunos, como diz um dos nossos professores da AESE), é ir mais além, ter sentido crítico. E nós adoramos resolver problemas!
RE-FOOD
Durante o decorrer das sessões desta disciplina, integrada no plano de estudos do MBA AESE/IESE, somos convidados a escolher uma instituição social com a qual o grupo de trabalho se identifique. A nossa escolha recaiu sobre a RE-FOOD. Após quase um ano e meio de estudo, o principal objectivo foi o de identificar a adequação de alguns modelos de empresas “comerciais” a este tipo de organizações e, simultaneamente, algumas boas práticas de governance que podemos retirar deste tipo de organizações. Em termos pessoais, o conhecimento profundo da RE-FOOD permitiu de forma gradual e quase inconsciente a adesão de cada um de nós à sua causa.
BIPP
Faz parte do programa do Executive MBA AESE/ IESE esta aprendizagem sobre a realidade das organizações de solidariedade social. Assim, na disciplina dedicada à Gestão de Organizações Sociais e Familiares este tema é abordado pelo contacto com uma organização de solidariedade local. O estudo realizado nesta IPSS é a principal componente da avaliação final desta disciplina. Tivemos a oportunidade de conhecer o trabalho do BIPP e percebemos que, apesar de ser uma instituição muito jovem, oferece já um número importante de soluções diferenciadoras para a deficiência. A fundadora do BIPP, Joana Santiago, disponibilizou-se para nos apresentar a instituição e fornecer toda a informação necessária para podermos realizar o nosso trabalho.
De que modo desenvolveram esse trabalho e que balanço fazem dos objectivos propostos?
DRESS FOR SUCCESS
Na Dress For Success obtivemos uma enorme abertura, por parte de uma instituição muito recente mas de elevado potencial. Após várias reuniões com a vice-presidente, Teresa Durão, efectuámos o levantamento e recolha de informação. Uma vez compreendida a essência e cultura da organização, foi mais fácil analisar a sua estrutura organizativa e configuração institucional, avaliar o seu modelo de negócio e riscos, identificar problemas, conhecer os desafios e ambições. Por fim, e definidos os objectivos macro para criação de valor e sustentabilidade, apresentámos um conjunto de acções de melhoria em três eixos, a quais estão inter-relacionadas: Crescimento e Sustentabilidade, Organização, Imagem e Notoriedade.
RE-FOOD
O grupo procurou conhecer a instituição. Primeiro, com uma entrevista ao seu fundador para entender o seu “negócio”, a sua configuração institucional e a visão para o futuro. Posteriormente, uma visita a um dos centros durante o seu período de funcionamento permitiu perceber como eram realizadas as operações e como estavam instituídas as relações, tanto intra-departamentais, como com a associação. Sem a partilha dos colaboradores do centro teria sido muito difícil conseguir atingir o nível de conhecimento e até de envolvimento com a instituição que conseguimos. Os objectivos a que a RE-FOOD se propõe são reais e a adesão demonstrada pela sociedade mostra que são alcançáveis.
BIPP
Fomos muito bem recebidos pelo BIPP, que se disponibilizou a partilhar toda a informação necessária para a análise da instituição. Em troca, entregámos ao BIPP a nossa reflexão e análise, numa perspectiva favorecida pelo facto de estarmos “fora” do projecto. As várias conversas com Joana Santiago foram uma lição constante ao nível da gestão de recursos, da criatividade e do querer, necessários para ultrapassar os problemas particulares deste tipo de organização. Esta experiência fez-nos confrontar com a visão moderna de uma IPSS que tem a preocupação de ser auto-sustentável e independente dos subsídios estatais. O nosso contacto com o BIPP permitiu-nos certamente desenvolver competências de gestão, mas sobretudo ofereceu-nos uma experiência de riqueza humana única.
Face à missão da instituição visitada, que relevância assume para a equipa do Executive MBA, mas também para o próprio projecto social abordado, a dinâmica estabelecida a partir do vosso trabalho sobre ES?
DRESS FOR SUCCESS
A história da Dress For Success como organização era apaixonante e apercebemo-nos da sua importância e fundamentos. Porque a primeira impressão na entrevista de emprego é fundamental, é necessário fornecer as “ferramentas” para preparar as mulheres e promover a sua inserção no mercado de trabalho. Na nossa cultura latino mediterrânica, entendemos serem as mulheres o pilar da família, principal fonte de estabilidade e exemplo de gerações futuras. Nos dias de hoje, o acesso ao trabalho como principal e única fonte de rendimento, a capacidade de gestão do orçamento familiar e a possível mobilidade social são factores críticos de sucesso para uma sociedade mais justa, equitativa e feliz.Foi excelente poder combinar a realização deste trabalho acerca de uma instituição social com um projecto que faz sentido, revelando-se ser uma oportunidade de contribuir quer para o seu desenvolvimento quer para a nossa aprendizagem.
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© DR – RE-FOOD
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RE-FOOD
Estamos convictos que o desenvolvimento de projectos de empreendedorismo social será uma das tendências mais vincadas para os próximos anos, em Portugal. Com efeito, apesar de sermos um país em que a maioria dos cidadãos espera que seja fundamentalmente o Estado a assumir encargos de cariz social, é sem dúvida uma lufada de ar fresco percebermos que as soluções para problema da comunidade podem vir essencialmente de dentro da própria comunidade, e não exclusivamente de fora dela. Após este trabalho a nossa visão alterou-se bastante, pois percebemos que projectos fantásticos, sejam em Portugal como no mundo, se tornam efectivamente fantásticos a partir do momento em que ajudam pessoas, com necessidades concretas, a melhorar o seu nível de vida, independentemente do n.º de beneficiários que pretendem apoiar ser dez, cem, mil ou 100 mil. É esta, no nosso entender, a principal mensagem do empreendedorismo social: ajudar, sem restrições!
BIPP
Falar de empreendedorismo é hoje muito frequente e todos sabemos o que isso implica, em termos de envolvimento e compromisso por parte do empreendedor. Mas entrar no mundo do ES dá-nos uma dimensão de missão e dedicação inimaginável no mundo comercial. O BIPP dá respostas, assumindo um papel na informação e orientação das famílias de portadores de deficiência e um papel na ocupação dos tempos de pausa escolar para crianças com deficiência e desfavorecidas, sensibilizando e educando para a inclusão. E é seguramente um exemplo do resultado do empreendedorismo e da importância que este tipo de instituições assume no preenchimento de lacunas na sociedade, que não apenas a portuguesa. A obrigatoriedade curricular de tomar contacto com a realidade do mundo das IPSS é, na nossa opinião, uma valia importante que o Executive MBA AESE/IESE proporciona aos seus participantes.
Que melhorias na gestão de recursos e na estrutura organizacional sugeriram, com vista ao crescimento do impacto do projecto social e à sustentabilidade da instituição?
DRESS FOR SUCCESS
Antes de fomentar o crescimento e alargar para outras áreas geográficas, é necessário reorganizar a estrutura interna (novo organograma com redistribuição de funções e delegação de poderes), consolidar e planear (plano de acções e reuniões trimestrais de apresentação de resultados e KPIs, já implementadas), bem como apostar no reforço da imagem e notoriedade (negociação com agência de comunicação a decorrer, presença nas redes sociais e comunicação activa com os vários stakeholders, incluindo patrocinadores). Realçámos a importância de recentragem no “core” da organização e divulgação dos projectos da Dress para determinados públicos-alvo. Um dos recursos chave é a atracção e retenção dos voluntários, propondo um guião de entrevista (já implementado) para identificação do perfil e matching com as necessidades, e um plano de acolhimento e integração (descrição de tarefas e objectivos), além da criação de um sistema de avaliação de desempenho e planos de carreira, com destaque para a identificação de substitutos ao nível das funções chave.
RE-FOOD
Após as competências adquiridas durante o 12º Executive MBA AESE/IESE e no âmbito do trabalho elaborado sobre a RE-FOOD, achamos que existem algumas oportunidades de melhoria que gostaríamos de transmitir à instituição. Por exemplo, em relação à estrutura central, devem actualizar e reformular alguns artigos dos estatutos, tais como aqueles que abordam os diferentes tipos de associados, de modo a torná-los mais coerentes com a realidade actual da organização. Um dos riscos com que se depara qualquer organização com um líder carismático e visionário como Hunter Halder é o da sua sucessão. Da análise dos estatutos da RE-FOOD, apesar de prevista a eleição dos órgãos sociais, conclui-se que na prática a organização continua muito concentrada no seu fundador. Neste sentido, deverá ser desenhado um plano de sucessão e desenvolvidos alguns elementos da equipa com maior responsabilidade para o seu futuro.
Achamos também que um dos pilares de sucesso deste projecto são os voluntários. Para tal, poder-se-ia criar uma RE-FOOD “Academy”, com o objectivo de promover a transmissão da cultura e valores da instituição aos seus voluntários; a RE-FOOD “Academy” poderia ter alguns guiões que sistematizavam desde as grandes linhas de orientação até formação mais prática sobre a manipulação e transporte de alimentos. Em termos de relações públicas, seria interessante a identificação de algumas personalidades públicas, sob a forma de voluntários à causa RE-FOOD, de forma a ganhar notoriedade no público em geral. Cada vez mais as empresas valorizam colaboradores que desenvolvem acções de voluntariado e, como tal, a RE-FOOD poderia capitalizar a sua acção através de um diploma ou carta de referência que atestasse a sua participação. Outro desafio será utilizar o eventual know-how dos voluntários não apenas para a simples recolha, preparação e distribuição de alimentos (operações), mas também para melhorar a eficiência de outras tarefas, como transporte, optimização de rotas ou tarefas de suporte.
Sobre as operações, podemos referir a centralização da estrutura administrativa na Associação, a formalização do processo das normas de higiene e segurança e o estabelecimento de contactos institucionais por forma a facilitar os contactos micro-locais, entre outros. Um outro grande desafio da RE-FOOD é a captação de fontes de alimentos. Sugerimos a criação de um contador de refeições no seu site, com divulgação constante sobre o número de refeições servidas e com a poupança na pegada ecológica de cada centro. Criar um evento para as Fontes de Alimentos e voluntários com projecção na zona de actuação poderia também fortalecer esta ligação. Outro desafio apresentado prende-se com a falta de informação sobre tipo e quantidade de alimentos a recolher em cada parceiro. Esta informação seria importante no sentido de optimizar a rota, ir preparado com embalagens adequadas e definir à partida qual o destino das refeições. Seria útil assim, criar um sistema de informação que fizesse automaticamente a alocação dos alimentos recebidos aos beneficiários existentes, de acordo com as suas necessidades. Por fim, em relação aos beneficiários, a RE-FOOD poderia promover a sua não dependência a longo prazo, através de programas de formação. Mais ainda, o voluntariado de beneficiários poderia ser extremamente interessante para penetrar mais nas comunidades e como forma de retribuição da ajuda.
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© DR – BIPP
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BIPP
Sendo uma instituição que oferece soluções para a deficiência através da inclusão, o BIPP está neste momento a lançar o seu mais importante projecto – SEMEAR. Trata-se de uma parceria com outras organizações que permitirá a formação e a inclusão no mundo profissional de jovens adultos portadores de deficiência. A organização está, portanto, num momento de mudança onde a estrutura organizacional precisa ser revista e reajustada. O nosso envolvimento com o BIPP neste preciso momento de viragem permitiu-nos aplicar os conhecimentos de gestão, formulando uma proposta de estrutura organizacional e de redefinição dos serviços e prioridades a estabelecer no futuro, e elaborando sobre a sua sustentabilidade financeira. Temos a clara noção que face à experiência de Joana Santiago não trouxemos a solução miraculosa, trouxemos apenas uma visão mais clara e diferentemente estruturada, na forma de ver o problema e de encontrar a solução.
Que propostas apresentaram para o incremento da captação de fundos, essenciais para a actuação das organizações sociais no actual contexto socioeconómico?
DRESS FOR SUCCESS
A identificação de fontes alternativas para além do financiamento estatal dos projectos é um desafio crítico para a Dress, em especial em tempos de crise e elevada “concorrência” entre instituições. Definir critérios claros para diferenciação de patrocinadores (já em vigor), com contrapartidas por parte da Dress (consultoria de imagem, team building e serviços da lavandaria social, em implementação) é uma forma de construir uma relação duradoura e benéfica para ambas as partes. Trata-se de aproveitar o facto de as empresas estarem mais atentas à responsabilidade social e poderem obter visibilidade. A nível dos particulares e individualmente, poderão reconhecer o seu contributo e não a “caridade distante”. Este tipo de parceria com um potencial empregador é também um meio para completar o ciclo de reintegração das mulheres no mercado de trabalho, missão da Dress.
RE-FOOD
Ao longo do nosso trabalho, apercebemo-nos de que, muitas vezes, as organizações sem fins lucrativos colocam a captação de fundos no primeiro lugar da sua lista de prioridades, e tornam-se gigantes com pés-de-barro, sempre dependentes desses enormes fundos de terceiros, sejam eles particulares, empresas ou instituições públicas. A filosofia da RE-FOOD transmitida pelo seu fundador é diferente, pois considera que os fundos são extremamente importantes, mas apenas para o arranque da organização, nunca esquecendo a sua auto-sustentabilidade a nível micro-local, recorrendo inclusive a soluções alternativas do ponto de vista financeiro, como o crowdfunding. A RE-FOOD utiliza muito este tipo de obtenção de fundos, essencialmente para angariar dinheiro para a compra de equipamentos, como frigoríficos e outros. Achamos que para manter esta filosofia, a RE-FOOD deve tentar contactar outras empresas não ligadas à restauração para que se possam associar à causa, não só através do seu know-how específico (consultoria em alimentação, controlo de qualidade, serviço de transporte, embalagens, equipamentos, etc.), como apenas com a oferta de tempo dos seus colaboradores. No fundo, alargar o âmbito de parceria não apenas a fontes de alimentos mas também a actividades de suporte e equipamentos a toda a actividade da RE-FOOD.
BIPP
O BIPP financia-se através das várias candidaturas a programas de apoio a IPSS promovidos por instituições privadas, por donativos em dinheiro e em espécie, pelas quotas dos associados e pela facturação dos serviços que oferece. Para Joana Santiago, antes de se lançar um novo projecto é essencial garantir a sua auto-sustentabilidade, pois o BIPP não conta com nenhum apoio estatal. Este princípio, que está na origem da formação neste Banco de Informação, será, porventura, o que permitirá a esta IPSS ser sempre sustentável num contexto socioeconómico difícil. Como meio de tornar a instituição mais atractiva a um determinado tipo de pessoas que preferem colaborar com instituições mais conhecidas, recomendámos ao BIPP uma definição mais clara e focos nos serviços prestados (de forma a corresponderem com a actual missão da instituição), e recomendámos a necessidade de recrutar alguém que possa ajudar a construir mais notoriedade através do marketing e das relações públicas. A dinamização e renovação da sua comissão de honra numa abordagem mais incisiva à sociedade foi igualmente considerada como forma de apresentar e comprometer novos financiadores privados para o BIPP.
14º EXECUTIVE MBA AESE/IESE
Open House na AESE a 14 de Maio |
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“Liderar só se aprende… liderando”. É sob este mote que a aprendizagem na AESE, escola de negócios líder do ensino com o Método do caso em Portugal, é inspirada no modelo da Harvard Business School. No próximo dia 14 de Maio, a experiência do Método do Caso na primeira pessoa estará em foco numa Masterclass orientada pelo professor José Ramon Pin, que dará a conhecer as novidades da próxima edição do Executive MBA AESE/IESE, cujas inscrições estão em curso.
Dirigido pelo professor José Miguel Pinto dos Santos, o 14º Executive MBA AESE/IESE decorre entre Outubro de 2014 e Junho de 2016. Dividido em seis trimestres multidisciplinares, o programa integra cerca de 10 horas de trabalho presencial semanal e de 15 horas semanais de estudo individual incluindo, ao nível de desenvolvimento de profissional e pessoal, Tutoria, Coaching e Action Learning, bem como duas imersões Internacionais, ao IIMA Ahmedabad/ Gujarat (Índia) e à IESE – Campus NY (EUA).
Os participantes no Executive MBA AESE/IESE devem ter, no mínimo, 5 anos de experiência profissional, após conclusão de licenciatura. Em média a experiência profissional é de 14 anos e a média etária é de 37 anos. Após a conclusão do Executive MBA AESE/IESE, os participantes adquirem a condição de Alumni da AESE, que lhes permite estabelecer uma rede de contactos entre si e destes com a Escola.
Até 16 de Junho, os interessados podem candidatar-se à Bolsa Carlos Parreira, cujo comité de atribuição reúne a 28 de Junho. |
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