As alterações climáticas são um problema que a todos preocupa: Governos, sociedades, empresas, organizações ecologistas, comunidades científicas e cidadãos. Mas quem quererá abdicar de todo um conforto que parece ser insubstituível? Parece difícil para um país, comunidade, empresa ou família, prescindir das comodidades alcançadas no último século. E, no entanto, cada um de nós pode fazer a diferença “A Terra ensina-nos mais acerca de nós próprios do que todos os livros, porque ela nos resiste”, afirmou Antoine de Saint-Exupéry. De facto, a Terra tem persistido no tempo e esta é a melhor prova da sua resistência face à acção do Homem. E, se é verdade que as alterações climáticas são atribuídas a causas naturais (períodos glaciares alternados com outros de elevada temperatura), os diversos estudos realizados no âmbito das variações do clima na Terra são também unânimes na constatação de um certo grau de influência humana sobre o clima global. Quer isto dizer que as variações climáticas estão a produzir-se, ou a intensificar-se, pela acção antropogénica. O resultado é um Efeito de Estufa reforçado, que se traduz no aquecimento da superfície terrestre (elevação de temperaturas e modificação do clima) à escala global… As alterações climáticas são um problema que a todos preocupa: Governos, sociedades, empresas, organizações ecologistas, comunidades científicas e cidadãos. Tanto ao nível nacional como internacional foram criados organismos para discutir e desenvolver actividades relacionadas com as alterações climáticas. Talvez o exemplo mais conhecido do esforço internacional seja o Protocolo de Quioto – instrumento que estabelece metas para a redução das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) obrigatórias para os países que o tenham ratificado. Mas quem quererá abdicar de todo um conforto que parece ser insubstituível? Parece difícil para um país, comunidade, empresa ou família, prescindir das comodidades alcançadas no último século: o aquecimento, ar condicionado, meios de transporte mais rápidos, boa iluminação, água quente e uma longa lista de actividades que implicam o consumo de energia. Uma opção razoável e que pode estar ao alcance de todos é conseguir uma utilização mais eficiente da energia consumida, em complementaridade com a exploração de energias alternativas.
As alterações climáticas são, assim, um problema global e, no entanto, cada um de nós pode fazer a diferença: o Estado deve impulsionar planos e medidas de poupança energética e fomentar a utilização de energias com menores emissões de GEE; as empresas devem cumprir as exigências ambientais requeridas e optimizar a eficiência dos seus processos; os cidadãos devem utilizar a energia de forma responsável, reciclar, usar pilhas recarregáveis e electrodomésticos de baixo consumo, isolar bem a casa, apagar luzes…entre tantos outros exemplos. A este respeito, o Grupo CEPSA adoptou medidas para melhorar a sua posição e as suas expectativas relativamente aos GEE, estando a sua actuação centrada: na redução das emissões de GEE (através da eficiência energética e optimização de processo), na participação em projectos de captura e armazenamento de carbono, de reflorestação e cultivo de algas; na participação em iniciativas como os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) e no mercado de compra-venda de direitos de emissão. Como resultado dos planos de actuação já implementados, em 2012 as emissões de GEE do Grupo CEPSA apresentaram uma redução de 2,7% em relação ao ano anterior. Os Betumes Borracha são um dos exemplos de uma longa lista de inovações amigas do ambiente, dinamizadas pela CEPSA. Esta gama de produtos asfálticos (um produto pioneiro desenvolvido pela marca) é elaborada através da incorporação de pó de pneus reciclados no betume base. Sendo que um quilómetro de estrada tem incorporado cerca de 2500 pneus usados, esta inovação contribuiu para solucionar o problema da reciclagem de pneumáticos fora de uso, em conjunto com um compromisso ambiental. O Estado, as empresas e os cidadãos devem ter um papel activo, esforçando-se para reduzir progressivamente a emissão de GEE e manter um consumo energético equilibrado. Se não conseguirmos minimizar as causas antropogénicas das alterações climáticas, as consequências daí resultantes podem colocar em risco a vida tal como a conhecemos actualmente. |
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Responsável de Ambiente da CEPSA Portuguesa