A Organização Mundial de Saúde lançou mais uma edição do maior estudo colaborativo sobre as tendências de comportamento dos adolescentes europeus e norte-americanos, desta vez dedicado às desigualdades socioeconómicas e de género. Em entrevista, a coordenadora do HBSC em Portugal comenta os resultados nacionais e internacionais, sublinhando a necessária aposta “no desenvolvimento positivo dos jovens”, através do reforço da sua “autonomia, mas também responsabilização”. E lembra que para recriar identidades “é preciso competência, motivação e oportunidade”
POR GABRIELA COSTA

“Um bom começo pode durar toda uma vida” – Zsuzsanna Jakab, Directora Regional da OMS para a Europa

A mais recente edição do relatório internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS), Health Behaviour in School-aged Children (HBSC 2014), foi apresentada a 15 de Março, em Lisboa, numa conferência promovida pela equipa do projecto Aventura Social, da Faculdade de Motricidade Humana (FMH) onde foram reveladas as actuais tendências dos comportamentos de saúde e bem-estar dos adolescentes europeus e norte-americanos.

O Estudo HBSC reúne há 30 anos informação comparativa entre 44 países, permitindo traçar, de forma pioneira, uma percepção global sobre os comportamentos e o contexto social dos jovens, a partir de um conjunto de amostras nacionais aleatórias envolvendo milhares de jovens dos 6.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade (em média, com 11, 13 e 15 anos) na Europa, Estados Unidos e Canadá, sobre inúmeros temas relativos à sua saúde física e mental, bem-estar e estilo de vida. Os resultados desta investigação representativa de um sexto da actual população mundial têm permitido à OMS tecer recomendações para a implementação de políticas e estratégias nacionais e integradas, com vista a melhorar a vida de milhões de jovens.

© Ed Yourdon via Visual hunt / CC BY-NC-SA
© Ed Yourdon via Visual hunt / CC BY-NC-SA

Em Portugal, o HBSC realiza-se desde 1998, pela equipa Aventura Social. Em 2014 foram inquiridos 6026 alunos dos referidos anos de escolaridade, das cinco regiões educativas do território continental, com idades entre os 10 e os 20 anos (em média, 14 anos).

Os resultados desta última edição do estudo – cujas principais preocupações identificadas a nível internacional são o estado de saúde física e mental dos jovens; a obesidade e comportamentos alimentares; o consumo de álcool, tabaco e cannabis; o sedentarismo versus actividade física; a imagem corporal; os comportamentos sexuais; o bullying; as relações familiares; e a utilização de redes sociais e relacionamentos virtuais em detrimento de relações sociais ‘ao vivo’ com os amigos – colocam em destaque as desigualdades sociais e de género, como sugere o título do documento: “Growing up unequal; gender and socioeconomic differences in young people’s health and wellbeing”.

Sobre esta matéria, e como comentou a directora regional da OMS para a Europa no lançamento dos resultados desta investigação, “apesar de avanços significativos”, os adolescentes – e particularmente as raparigas – de famílias de baixo rendimento “reportam, de forma consistente, níveis de saúde física e mental mais desfavorecidos”. Jo Inchley, coordenador do relatório internacional HBSC corrobora as palavras de Zsuzsanna Jakab: “os resultados enfatizam amplas desigualdades [a nível socioeconómico e de género], e as diferenças assinaladas entre os vários países revelam a importância de se perceber de que modo os padrões de género e as expectativas culturais influenciam os comportamentos dos jovens”.

Comparativamente à edição de 2010, e para além das crescentes iniquidades registadas a nível socioeconómico (as quais se sentem particularmente nos países do Sul e da ‘periferia’ da Europa) e de género (que penalizam, como sempre, o feminino), verifica-se um decréscimo acentuado do consumo de substâncias aditivas, a manutenção da preocupação com o excesso de peso e com a alimentação, e um aumento do uso da utilização de novas tecnologias de informação e comunicação (cujos efeitos, de acordo com a coordenadora em Portugal do relatório HBSC, “se verão em próximos estudos, se nada for feito”).

Em entrevista ao VER, Margarida Gaspar de Matos compara ainda, pela positiva, os comportamentos dos jovens portugueses face aos restantes inquiridos, no que respeita a alimentação – “são dos que mais jantam em família, dos que mais tomam o pequeno-almoço e dos que mais fruta comem; e a educação para a saúde nas escolas – “no final da década anterior houve um bom investimento” neste campo, “nomeadamente na área da educação sexual”, e apesar de várias medidas terem passado a ser ‘não prioritárias’ e de a situação nacional ter piorado, por exemplo no uso do preservativo, “estamos ainda bem colocados a nível europeu e internacional”, explica.

Outras boas notícias sobre os jovens em Portugal reveladas no HBSC 2014 concluem que actualmente estes consomem menos substâncias ilegais, como a cannabis, e menos tabaco e álcool; que têm hábitos sãos de higiene oral; que as boas relações familiares estão, em geral, acima da média, incluindo na comunicação com mãe e pai e na percepção do suporte que as mesmas constituem; e que o número de vítimas de bullying decresceu e a violência entre pares está abaixo da média do estudo.

Já pela negativa, as maiores preocupações, a nível nacional, prendem-se com a má percepção que os estudantes têm da escola (no que toca interesse pelas aulas e aprendizagem) e da sua competência e desempenho escolar; com a forma como subestimam a sua saúde mental e física e a sua qualidade de vida; com a redução do uso de preservativo e com o aumento de relações sexuais associadas ao consumo de álcool ou ‘não consentidas/consciencializadas’; com o pouco convívio social com os seus pares; com o excesso de peso e falta de comportamentos para a sua redução, e com a falta de exercício físico.

De um modo geral, o que revela o relatório Health Behaviour in School-aged Children 2014, relativamente às novas tendências dos comportamentos de saúde e bem-estar dos adolescentes europeus e norte americanos?

Margarida Gaspar de Matos, professora catedrática na FMH e coordenadora nacional do estudo HBSC
Margarida Gaspar de Matos, professora catedrática na FMH e coordenadora nacional do estudo HBSC

Este relatório chama-se justamente “Growing up unequal” e reflecte não só as diferenças entre os países do Norte (Escandinávia) e os do Sul (como Portugal, Grécia, Espanha ou Itália), como entre os países do Centro (como Alemanha, França, Áustria) e os da periferia da Europa – Portugal a Oeste e Polónia, Estónia, Lituânia, Letónia, Roménia, etc. a Leste.

Os países do Centro e do Norte parecem estar beneficiados em diversos indicadores. Portugal acumula o facto de pertencer ao Sul e à periferia, com o de ter sido um dos países mais afectados pela recessão dos últimos anos.

Para além da diferença ‘socioeconómica’ entre europeus (e também Canadá e Estados Unidos da América), o estudo reflecte com alguma preocupação as diferenças entre géneros: rapazes e raparigas. As raparigas afirmam-se como menos satisfeitas e com menor percepção sobre as questões da saúde.

Por outro lado, atenuam-se as diferenças de géneros no que diz respeito ao consumo de substâncias, que anteriormente se registava com mais frequência nos rapazes. A relação positiva com a escola aparece como um bom nivelador da desvantagem socioeconómica nos vários países. Em Portugal este recurso não resulta, uma vez que os jovens têm uma especial má relação com a escola: não gostam, ‘stressam’ e têm uma percepção de incapacidade relativamente à mesma.

Como comenta a constatação de que, apesar de a larga maioria dos jovens inquiridos ter reportado níveis elevados de satisfação com a vida, esses níveis tendem globalmente a diminuir com o crescimento? E que entre os jovens portugueses mais velhos a percentagem é das mais baixas, entre os 44 países analisados?

Os portugueses, sobretudo os mais velhos, estão realmente entre os menos satisfeitos com a vida. Penso que este facto reflecte a desesperança que se apoderou do país nos últimos anos e a falta de expectativa no futuro. Temos estudos em que os jovens nos revelam que pensam deixar de estudar e não seguir estudos por questões económicas e por ter desacreditado que um curso resolve a questão do emprego, ou que acham que vão ter de emigrar. Este facto é preocupante, porque é a primeira vez que surge com esta nitidez.

Globalmente, vários indicadores de saúde e bem-estar perdem-se com a idade. E não é só entre os 11 e os 15 anos. Estudos que fizemos incluindo alunos do 12º ano e universitários revelam que se continua a evoluir na “insatisfação”.

Em que medida é necessária uma intervenção mais efectiva e objectivada, por parte dos governos, para combater os efeitos das desigualdades sociais e de género e das disparidades nos níveis de saúde e bem-estar entre os jovens europeus, como advoga a OMS?

A OMS advoga isso já há muito tempo, na altura não falando (ainda) da recessão, mas dos países recém-entrados na UE. A pobreza afecta a saúde, o bem-estar e a expectativa face ao futuro através de várias trajectórias que já estão bem descritas. A “desesperança” ainda afecta mais, quando as pessoas são tomadas por uma sensação de falta de controlo sobre as suas vidas e começam a convencer-se que o que quer que façam não altera o resultado… esse estado de alienação social é desde há muito associado ao mal-estar social e à falta de saúde e bem-estar. Penso que todos os governos reconhecem isso.

[pull_quote_left]Os jovens portugueses estão entre os menos satisfeitos com a vida, o que reflecte desesperança e falta de expectativa no futuro[/pull_quote_left]

O que se passa é que para alguns governos é prioritário o bem-estar das pessoas, para outros as prioridades são outras. Mas a OMS (e a UNICEF, que vai publicar connosco um relatório sobre este tema, o qual será lançado em meados de Abril) reforça desde há muito a ideia dos determinantes sociais da saúde, mas também a necessidade de abordar as pessoas e as comunidades a partir dos seus recursos e competências, apelando para a sua participação activa na mudança social.

Enquanto uns preferem o assistencialismo e a caridade social, outros apelam para o desenvolvimento positivo, para a autonomia e para a participação social. Todos os governos reconhecem o elo precariedade/saúde/educação/bem-estar, apenas para uns esta associação é prioritária, e para outros é algo que se vai resolvendo quando começa a parecer-se com um estado de calamidade.

A nível nacional, como comenta as principais conclusões da nova edição deste que é o maior estudo colaborativo sobre as tendências de comportamento dos adolescentes europeus e norte-americanos?

Começando pela escola, a má relação dos adolescentes portugueses com a mesma já vem de longe, mas face à habitual resposta “sentem-se pouco competentes, ‘stressam’ com a escola, mas gostam da escola”, em 2014 os alunos reportam que deixaram de gostar da escola: dizem que as matérias são desinteressantes e demasiadas e referem muita pressão dos pais para as notas. Nos últimos anos houve medidas políticas cujo racional teórico custa a entender aos especialistas, como a questão do aumento de horas de algumas disciplinas. É muito ingénuo pensar-se que o insucesso a matemática se resolve com mais horas ‘do mesmo’, por exemplo, e julgo mesmo que ninguém acredita nisso.

[pull_quote_left]Todos os governos reconhecem o elo precariedade-saúde-educação-bem-estar, mas apenas para uns esta associação é prioritária[/pull_quote_left]

Há coisas inacreditáveis no Portugal profundo… recentemente, numa aula de mestrado vários dos meus alunos reportaram que os professores os agrediam física e moralmente nas aulas, e os que não falaram, não contradisseram; estes alunos terão agora uns 25 anos e andariam pelo 1º ciclo por volta do ano 2000. É possível acreditar que nessa altura ainda houvesse ‘puxões de orelhas’?! Claro que a grande maioria dos professores são excelentes, mas não devia haver estas excepções. Tradicionalmente, a par das profissões de saúde, o ensino é das profissões com mais stress e ‘burn out’, mas por isso mesmo os professores devem ser apoiados e incentivados por uma estrutura que os apoie e reconheça. Há muito a fazer….

O excesso de peso nos mais novos é também preocupante, até porque investigadores que estudam idades mais baixas há muito alertam para este problema na infância. Os alunos referem-se sempre muito negativamente à alimentação na escola (acham mesmo que é o pior factor, ainda pior do que a sua falta de gosto pelas aulas), referindo que a comida é má. Sabemos que a alimentação na escola pública é subsidiada e tem de ser barata, mas esse facto não pode desculpar a confecção e a apresentação das refeições. Ou assumimos que não faz mal os alunos comerem mal, o que é um óbvio disparate, ou vamos ter de lhes proporcionar alimentação de qualidade. Fala-se agora de ‘nudges’ para significar soluções simples ‘mesmo ali ao lado”, para evitar resolver-se um problema (económico), mas que arranja outro maior (logístico, de saúde e, em última analise, económico também).

Paralelamente, a actividade física sempre foi baixa no nosso país (sobretudo entre meninas mais velhas, com 15 anos), segundo os dados do HBSC desde 1998, o que se traduz já em cinco estudos. Há menos aulas de actividade física, menos oferta em termos de modalidades, há falta de condições em termos de infra-estruturas (como ginásios, espaços cobertos e balneários), a disciplina não é valorizada em termos académicos e culturalmente não é valorizada na sociedade e nas famílias (a não ser, às vezes, no desporto de competição). Ora, enquanto estas realidades permanecerem não estamos no bom caminho para a promoção da actividade física nas escolas. Mas os próprios profissionais têm de fazer também um esforço para perceberem o que afasta os alunos das actividades físicas para além destas limitações – alguns queixam-se mesmo de alguma violência e ‘crueza de modos’ associada às práticas de actividade física, nomeadamente nas questões ligadas à competição. É preciso ser activo no dia-a-dia, tal como Jim Sallis fala no seu projecto SPARK (que desenvolve programas de investigação em saúde e bem-estar), promover as actividades físicas em família e no grupo de amigos como actividade de lazer, e aceitar que outras actividades, como música, pintura e leitura, são igualmente válidas e fonte de desenvolvimento pessoal e social. Há actualmente um estereotipo à volta do praticante de exercício físico que não favorece a promoção desta actividade.

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Quanto à falta de convívio com os amigos, o estudo conclui que os nossos jovens convivem na escola com os colegas, mas não muito com os amigos fora da escola. São mesmo dos que menos o fazem. Porque estão muito ligados à família? Porque a família não deixa? Porque passam a vida na escola? Porque preferem falar com os amigos nas redes sociais? Porque são dos europeus que mais horas passam na escola? Porque têm muitos trabalhos da escola para fazer? Enfim, será um misto de todos estes factores, mas é pena…. As relações com os amigos ajudam a construir as relações interpessoais no futuro, ajudam a aprender a resolver problemas e conflitos, ajudam a desenvolver interesses pessoais. É bom ter amigos, é bom aprender a ter amigos e é bom ter tempo para os amigos.

Entre os resultados que se destacam pela positiva, é de sublinhar a redução no consumo de substâncias aditivas, penso que em muito devido ao grande investimento das políticas públicas nesta área. O consumo de tabaco e drogas parece estável, mas não se devem descontinuar medidas preventivas. Quanto ao álcool, não estou convencida que tenha havido uma descida real (embora Portugal esteja numa posição confortável face aos outros países), mas antes que desde há uns anos está a haver uma mudança no perfil dos consumos (mais concentrados ao fim de semana), o que pode dar uma ideia enganosa da sua frequência.

Os bons hábitos de higiene oral, que têm vindo a melhorar desde 1998, também revelam um grande investimento das políticas de saúde públicas.

Finalmente, e no que respeita relações familiares, os jovens portugueses são dos que mais tomam o pequeno almoço em casa e fazem refeições em família e, em geral, mantêm uma boa relação com os pais e uma boa percepção do suporte parental, comparativamente aos resultados globais. Temos, pois, uma geração de pais de filhos adolescentes atentos e empenhados.

Que medidas de prevenção são necessárias, em termos de uma estratégia nacional de saúde e bem-estar dos adolescentes, nomeadamente no que concerne os perfis de consumo de álcool e drogas (menos dias mas mais quantidade ou em grupos de risco) e a violência ou a pressão social no namoro e nas amizades?

Não há ‘receitas’ fáceis para problemas complexos e multifacetados. A questão dos consumos remete para a questão das alternativas. Realizámos um estudo recente que refere que os jovens consomem álcool para se divertir, para ter a sensação de que ‘aumentam’ competências, para enfrentar situações difíceis e para ‘seguir’ o grupo de pares. Penso que uma estratégia nacional de prevenção do consumo devia encarar estes motivos e prever alternativas para cada um deles: divertimento sem consumos; promoção de competências sócio-emocionais e relacionais e auto-regulação de estados emocionais negativos; promoção da coesão social e do suporte social (sem consumos).

Limitar o consumo ajuda, mas a médio prazo não chega tapar a cárie, é preciso mudar comportamentos e recriar identidades “ não consumidoras” e felizes. Um estudo recente (Mitchie et al, 2011) diz-nos que para mudar comportamentos é preciso competência, motivação e oportunidade. Esta questão aplica-se também à violência. Deve haver promoção de uma convivialidade positiva que substitua a presunção da licitude do uso da violência para regular as relações interpessoais. Aqui muitas vezes os modelos adultos não ajudam…

E que medidas são urgentes para transformar a visão dos jovens sobre o papel da escola nas suas vidas, fundamental para a sua formação e vida adulta?

Uma vez mais, não há ‘receitas’ fáceis para problemas complexos e multifacetados. Principalmente porque a questão da escola é crónica… Mas eu salientaria uma visão positiva e uma aposta no desenvolvimento dos jovens, aliada a um apelo à sua participação. Muitas vezes os jovens não são ouvidos, e depois também não são responsabilizados. Eu apostaria numa maior autonomia, mas também numa maior responsabilização.

Ainda em relação à escola: se um aluno soma 11 e 11 e lhe dá 1111, toda a gente concordará que ele pode estar horas a fazer contas que continua a fazer o mesmo erro. As ‘cáries’ do sistema de ensino português não se resolvem com ‘mais do mesmo’.

Repetindo o que já referi, esta má relação dos adolescentes portugueses com a escola já vem de longe, de 1998 pelo menos, mas costumava traduzir-se em “sentem-se pouco competentes, stressam com a escola, mas gostam da escola”. O que aconteceu ‘de novo’ em 2014 é que deixam de gostar da escola.

Há realidades nos métodos de ensino, na sequência das aprendizagens, na selecção dos assuntos prioritários e basilares, no sistema de avaliação, na dinâmica social e educativa das escolas, etc. que têm de fazer parar o país para pensar, promovendo um debate participado entre os especialistas e as populações afectadas. Medidas ‘avulso’ tendem a ter ‘quaisquer’ resultados.

Temos que analisar escolas com boas práticas e tornar esses processos explícitos. Temos que aprender com as práticas de países onde as coisas correm bem. Temos de ouvir os professores (e depois de os envolver, responsabilizar) e ouvir os alunos (e depois de os envolver, responsabilizar). É um processo que não será fácil, mas tem de ser feito.

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Jornalista