Para muitos dos participantes da 43ª reunião de líderes globais que teve lugar, como é habitual, em Davos, sob os auspícios do Fórum Económico Mundial, o “espírito optimista”, que não vigorava desde 2007, está de regresso. Todavia, multiplicaram-se igualmente os apelos para refrear a euforia. Se existem prenúncios de uma retoma “frágil e tímida” para a economia global, a Europa continua a estar no centro das preocupações. E foram vários os economistas que alertaram para uma nova e potencial crise
POR HELENA OLIVEIRA

Como referia, ironicamente, uma jornalista do The Guardian, a vida mudou muito pouco para elite global milionária que, todos os anos, se reúne em Davos para discutir os principais problemas globais e, se possível, apresentar algumas soluções para os mesmos. Mas a presença foi marcada e a agenda cumprida. Cinco dias de reuniões, debates, mesas redondas e muitas festas pelo meio marcaram a 43ª reunião do famoso Fórum Económico Global (FEM).

O tema da edição de 2013, o “Dinamismo Resiliente” – que deu igualmente o tom ao relatório global publicado pelo FEM antes do início da sempre badalada reunião de líderes e sobre o qual o VER já escreveu – foi discutido, em cerca de 260 sessões e ao longo de cinco dias, por cerca de 2500 participantes, entre os quais se contam chefes de Estado, governantes, economistas, filantropos, pensadores, académicos e celebridades de várias esferas. Com o pessimismo demonstrado no relatório “Riscos Globais 2013” em conjunto com um inquérito elaborado pela Consultora PWC a cerca de 1300 CEO, no qual apenas 36% destes se mostravam confiantes no que respeita ao crescimento das suas empresas em 2013 (sendo que, na Europa, a percentagem desce para os 22%), tudo indicava que, à semelhança dos últimos cinco anos, o ambiente em Davos – se excluirmos as inúmeras festas, jantares e cocktails – se manteria gélido.

Mas e pelo contrário, o Fórum Económico Mundial do presente ano foi considerado, pela maioria dos participantes, como aquele em que vigorou “um espírito mais optimista – desde 2007”. O pior já passou, os principais medos não se realizaram ou uma “quantidade desconcertante de optimismo” foram alguns dos comentários expressos sobre a reunião deste ano. Todavia, e para contrabalançar, foram muitas as vozes que apelaram à cautela. A título de exemplo, Christine Lagarde, a directora-geral do FMI, desdobrou-se em discursos sublinhando que a “retoma é frágil e tímida”, apesar de e felizmente não dar razão aos arautos da desgraça que anteviam a desintegração do euro. De qualquer das formas, a Europa manteve-se no centro dos debates, com muitos economistas a opinarem de sua justiça sobre as possíveis receitas para a cura da maleita que a persegue. O VER resume, de seguida, alguns dos temas mais quentes debatidos na famosa estância dos Alpes suíços.

Economia global: proibido relaxar

Existe ainda um longo caminho a percorrer até que as economias regressem a níveis razoáveis de crescimento. Esta parece ser a opinião dominante entre os diversos líderes em Davos, os quais concordam que existem ainda muitas decisões complexas a serem tomadas, mas que discordam no que respeita à melhor estratégia a seguir para restaurar a confiança perdida.

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Christine Lagarde, directora-geral do FMI
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Ao falar para um conjunto significativo de líderes de negócio, a directora-geral do FMI começou com um aviso – “Do not relax” – acrescentando que a previsão de um crescimento fraco pelo organismo que coordena poderá vir a provar-se como “demasiado optimista” se os líderes da Europa, dos Estados Unidos e do Japão não tomarem “as decisões certas” nos meses que se seguem. “Se continuarmos a agir, 2013 será um ano de definição no que respeita a chegarmos finalmente ‘um pouco além da crise’. Mas, mais importante que isso, acredito que neste momento nos posicionamos numa antecâmara de uma nova economia global, marcada por circunstâncias de mudança célere e de novos modelos de pensamento”, afirmou Lagarde. “Algumas boas decisões políticas foram tomadas nos vários cantos do mundo, nas quais se incluem as dos bancos centrais”, acrescentou a directora-geral do FMI, para quem a Europa terá de operacionalizar um conjunto de novas ferramentas vislumbradas pelos decisores políticos, nomeadamente no que respeita à união dos seus bancos. Lagarde elogiou ainda os progressos significativos levados a cabo pelos Estados Unidos no que respeita à sua consolidação fiscal.

A cautela proposta por Christine Lagarde teve eco nas palavras de Mark J. Carney, governador do Banco do Canadá, que avisou que subsistem ainda muitos riscos, refutando alguns excessos de optimismo de que os riscos tinham sido reduzidos ou até totalmente eliminados. Apesar das acções do banco central serem cruciais, afirmou, continua a ser necessário um reforço a nível nacional no que respeita às questões estruturais e fiscais, “sendo que nenhuma destas agendas está longe de um fim”.

Já o profeta da desgraça, o economista Nouriel Roubini – conhecido como Dr.Doom – pintou o quadro, como já é normal, em tons muito carregados. Como afirmou, cinco anos depois de a Grande Recessão ter atingido a economia global, as medidas radicais de emergência implementadas pelos bancos centrais mundiais passaram a ser a norma. E, apesar de as suas acções terem evitado uma nova Grande Depressão, os bancos centrais estão agora de mãos atadas: não sabem quando é que será seguro iniciar a inversão das suas políticas de flexibilização quantitativa sem desencadear outro caos económico e, ao mesmo tempo, milhares de bancos, empresas e agregados em péssima situação financeira continuam a ser apoiados, mas não passam de “zombies”, afirmou também o economista. Ou seja, os empréstimos baratos podem prevenir a falência de muitas empresas, mas estas não podem investir ou expandir-se pois continuam à mercê das dívidas contraídas nos anos de expansão económica. Adicionalmente e como recordou Roubini, os proprietários de casas não se conseguem mexer porque continuam sobrecarregados com hipotecas que não conseguem pagar e os bancos, por seu turno, não emprestam dinheiro devido aos buracos existentes nos seus balancetes. Em suma, o resultado cifra-se numa estagnação de longo prazo. E se os bancos centrais estavam à espera de encontrar, em Davos, uma “estratégia de saída”, ninguém esteve disposto a mostrar qual o caminho a tomar.

No que respeita ao país do sol nascente e com uma nova esperança proveniente do novo governo chefiado por Shinzo Abe, que anunciou uma nova política económica – imediatamente apelidada de “Abe-nomics” -, o ministro para a Revitalização Económica e para a Política Económica e Financeira do Japão, Akira Amari, descreveu a nova táctica como “um compromisso claro de políticas pró-crescimento”, concebidas para inverter a deflação prolongada e acelerar o crescimento do PIB no Japão. Todavia, o multimilionário George Soros partilhou o seu temor de que a calma que tem caracterizado os mercados de divisas estrangeiras poderá dar lugar a novas turbulências em 2013. De acordo com Soros, o Banco do Japão sucumbiu às pressões do primeiro-ministro Abe Shinzo para duplicar o seu objectivo para a inflação e para acelerar uma flexibilização quantitativa com vista a baixar o yen e a aumentar a competitividade japonesa. Ora, “uma moeda só pode cair se uma outra ascender”, diz Soros, que acredita que um yen mais barato poderá criar problemas severos para a zona euro. Se o euro subir bruscamente, acrescenta, “ a recessão na Europa pode afectar também a Alemanha”. E a verdade é que Angela Merkel, na sua passagem por Davos, admitiu que estava preocupada com a jogada japonesa. Todavia, quando descreveu os passos tomados pelo novo governo japonês, Akira Amari negou que este tenha forçado o Banco do Japão a mudar de direcção e a estabelecer um novo objectivo para a inflação, de 2%, em conjunto com estímulos fiscais de curto prazo e reformas económicas. Amari insistiu ainda que o Japão não está interessado em se envolver numa guerra de divisas global e que o seu governo não está, de forma deliberada, a encetar medidas para desvalorizar a sua moeda.

Akira Amari, ministro para a Revitalização Económica e para a Política Económica e Financeira do Japão

Já a China continua em boa forma. “Depois de sete trimestres de crescimento lento, a economia ‘levantou a cabeça’ no último e é esperado um crescimento na ordem dos 8%” para 2013, afirmou o vice-governador do Banco Popular da China, Yi Gang. Adicionalmente, o consumo interno está a transformar-se num importante estímulo para esse mesmo crescimento, como é evidenciado pela contracção regular dos excedentes da balança corrente, uma tendência encorajada pelas políticas macroeconómicas chinesas.

Também África se mantém na corrida do progresso, com o FMI a rever em alta as suas previsões para o continente, que crescerá cerca de 5,7%, como afirmou Trevor Manuel, ministro da Comissão de Planeamento Nacional da África do Sul.

As previsões para os mercados emergentes e para os países de baixos rendimentos são muito mais elevadas, cifrando-se em 5,5% face aos países desenvolvidos que não deverão crescer mais do 1,5%. Todavia e como fez notar Yi Gang, “vivemos num mundo globalizado e sabemos que o que acontece na Europa ou nos Estados Unidos irá afectar a China, a Ásia, África e outras economias”.

Europa: transformar as lições da crise em oportunidades
De acordo com os líderes europeus da Irlanda, Itália, Dinamarca e Holanda presentes em Davos, está na altura de transformar as lições aprendidas à força com a crise da zona euro em oportunidades e “voltar a ligar o motor da economia” através da capitalização dos pontos fortes da Europa. De acordo estão estes líderes dos estados-membros da UE no que respeita a seguir as decisões tomadas nas inúmeras reuniões que tiveram lugar em Bruxelas, movendo-se rapidamente para cumprirem as exigências do mercado único e concluírem os acordos do livre comércio.

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Angel Gurria, secretário-geral da OCDE
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Demonstrando-se optimistas no que respeita às perspectivas da Europa, enquanto discutiam as medidas duríssimas para posicionar os seus países no caminho do crescimento, os estados-membros em causa têm como batalha crucial enfrentar o desemprego crescente que está a deteriorar a prosperidade e a desencorajar os cidadãos. A reforma fiscal e das pensões, as reformas económicas estruturais, a flexibilidade no mercado de trabalho, as burocracias enraizadas e os profundos cortes orçamentais continuarão na agenda europeia.

A este respeito, Angel Gurria, o secretário-geral da OCDE, alerta para a necessidade dos decisores políticos impulsionarem os cortes no défice e evitarem “o falso dilema” do debate da austeridade. “São muitos os países que precisam de uma consolidação fiscal e, ao mesmo tempo, de plantar as sementes do crescimento futuro”, alertou Gurria. “Temos de fazer as reformas, acelerá-las, para que se possa consolidar a retoma. Se realmente se pretende uma retoma duradoura, é necessário implementar as medidas fundamentais”, acrescentou. O responsável da OCDE lembrou ainda que vai ser preciso muito tempo para se ver resultados mas que, de forma paradoxal, “as melhores políticas de curto prazo serão as melhores reformas de longo curso”.

Opinião diferente tem o economista Joseph Stiglitz, confesso crítico da austeridade. Para o laureado com o Nobel da Economia, os cortes na despesa por parte dos governos europeus estão a “asfixiar o crescimento”. “Eles têm-se concentrado na austeridade e a austeridade torna todos os demais problemas ainda piores. A austeridade já foi tentada muitas vezes. Herber Hoover utilizou-a em 1929 e converteu o crash bolsista na Grande Depressão”, afirmou. Stiglitz sublinhou ainda que a História demonstra que nas nações com melhor crescimento económico, os gastos dos governos “tiveram papel principal” ao apoiarem novas tecnologias, desde o telégrafo até à internet, que conduziram à criação de novas indústrias”.

Já para Kenneth Rogoff, professor de Economia na Universidade de Harvard, a melhor aposta vai para “a permanência do euro, mas numa lógica de que nem todos os países acabarão por permanecer na sua primeira órbita”. O professor de Harvard afirma que os países europeus irão precisar de uma união mais coesa, mas colocando países como a Grécia numa “órbita exterior” durante muito tempo. “Penso que a Europa atingiu um ponto de enorme resiliência, mas onde está o crescimento?”, questiona. “Se não existe crescimento, como é que se afirma que o problema da dívida está solucionado, já nem mencionando o problema da governança?”. Para Rogoff, a Europa precisa de um governo central. “Sempre que existe uma crise, não é possível ter-se 17 governos a decidir qual a melhor solução. Não é possível existirem tantas opções”, assegura. Rogoff é defensor de uma federação política estreita para a Europa, mais similar à do Canadá ou até mesmo à dos Estados Unidos, afirmando ainda que a Europa não está sequer perto de uma solução desta natureza e não acreditado que a moeda única seja sustentável sem essa mesma solução.

Também o já citado Roubini concorda que a zona euro se encontra em melhor posição do que em meados do ano passado, mas alerta que a situação poderá piorar com as eleições que terão lugar este ano na Alemanha e na Itália. “Os problemas fundamentais da ausência de crescimento, da recessão contínua, da sustentabilidade da dívida ou da ausência de competitividade, todos eles se mantêm, em conjunto com a crise no crédito que afecta os bancos da periferia” diz, acrescentando ainda que a transmissão para a economia real continua “partida”.

Mais pessimista ainda é o economista Barry Eichengreen quando afirma que a crise que abalou a Europa poderá reemergir facilmente este ano, caso os países não se movam a um ritmo acelerado para resolver os seus mais profundos problemas. O professor de Economia e Ciência Política na Universidade de Berkeley, especialista em economia europeia e que publicou vários papers sobre a Grande Depressão, incluindo a exploração das consequências da dissolução do euro nos 17 países que utilizam a moeda única, assegura que “nada foi resolvido na zona euro, na qual os mercados passaram de um pessimismo exagerado para um optimismo desmesurado” e alerta para um potencial agravamento que pode ter lugar este ano.

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Joseph Stiglitz, economista
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Se os líderes europeus tentaram, em Davos, assegurar aos investidores e aos líderes empresariais que o continente está no bom caminho depois das suas crises punitivas da dívida, com Mario Draghi a prever uma retoma no segundo semestre do ano, Eichengreen afirma que não é tempo para complacências. O presidente do Banco Central Europeu afirmou também que existe, na Europa, “um sentido renovado de tranquilidade”, apesar de “relativo”, em conjunto com um “contágio positivo nos mercados financeiros”, apesar de confessar que esta folga não está a ser traduzida para a economia real. Por seu turno, e em resposta ao presidente do BCE, Eichengreen está seguro que não vai demorar muito tempo até que exista “uma recaída e um regresso à enorme volatilidade que caracterizou o primeiro semestre de 2012”. O economista americano sublinha ainda que “nenhum dos problemas estruturais foi ainda resolvido. Não existe crescimento económico na Europa. E a própria Alemanha pode estar à beira de uma recessão. A união bancária não existe. E há agora menos consenso para a completar comparativamente há um ano. Assim, os mercados irão perder a paciência e a crise vai regressar”, profetiza.

O seu estudo sobre a possibilidade de a zona euro se desmembrar, realizado antes de a crise eclodir em finais de 2009, forçou muita gente a pensar naquilo que seria inimaginável. E o professor concluiu que sair do euro seria absolutamente desastroso e dispendioso, causando um caos generalizado em qualquer país que o tentasse fazer.

Os líderes europeus estão bem conscientes dos custos desmesurados que um cenário desta natureza traria, o que significa que mesmo a saída da Grécia não está, neste momento, em cima da mesa.

As preocupações sobre o futuro económico da Europa – e a ameaça de que a Inglaterra possa sair da União Europeia, cujos 27 estados-membros representam, em conjunto, a maior economia mundial – constituíram as principais “assombrações” em Davos nesta sua 43ª edição.

Líderes de negócios deverão incluir objectivos sociais nas decisões empresariais
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© DR
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As empresas devem incluir objectivos sociais na sua missão e incentivos, sob pena de atingirem um colapso e falharem os desafios propostos para a humanidade no presente século. Esta foi a conclusão de um painel que uniu líderes de negócios e representantes da sociedade civil, que concordaram com o facto de que o maior poder que as empresas têm na actualidade também as dota de maiores responsabilidades na resolução de problemas globais.

“As empresas têm muito mais poder e dinheiro que antes. E podem destruir grandes extensões do planeta. E se o impacto é elevado, a responsabilidade também tem de o ser”, afirma Feike Sijbesma, CEO da Royal DSM, uma empresa holandesa, e que assegura também que como os governos não conseguem resolver problemas globais como as alterações climáticas, a escassez de recursos ou de alimentos, terão de ser as empresas a dar os passos necessários.

William W. George, professor de Management Practice na Universidade de Harvard corrobora a opinião de Sijbesma. “Qualquer empresa que se continue apenas a concentrar no valor para o accionista irá, muito provavelmente, autodestruir-se”, afirma, dando ainda o exemplo de empresas como a General Motors, a Kodak e a Sears que entraram em crise porque apenas se preocuparam com o lucro de curto prazo. De acordo com George, para uma empresa florescer “tem de criar um sentimento partilhado de propósito e de valores, e de seguida alinhar incentivos que reflictam as necessidades de todas as pessoas que serve”. Sublinhando que foram muitas as empresas que perderam o “norte”, principalmente depois da crise de 2008, o professor de Harvard não tem dúvidas de que se as empresas fizerem o seu trabalho – o qual é criar valor para a sociedade – haverá recompensas também para os accionistas.

Carlos Danel, co-CEO da mexicana Compartamos e que criou um banco cotado e lucrativo focado na microfinança, afirmou que a sua firma estabeleceu métricas e incentivos para assegurar que os seus colaboradores se concentram tanto no valor social como no valor económico. A título de exemplo, os trabalhadores responsáveis pela avaliação dos empréstimos são recompensados de acordo com o número de clientes que servem e não com base no volume de fundos emprestados.

Todos os oradores do painel concordaram que os governos deveriam criar incentivos para que as empresas adoptem objectivos sociais. “Os governos já não têm capacidade para resolver este tipo de problemas, mas podem ajudar a mudar o sistema”, refere o professor de Harvard. E consensual foi também a ideia de que incentivos fiscais poderiam incentivar as empresas a alterarem o seu enfoque, em conjunto com uma tributação reduzida do trabalho, com um aumento de impostos sobre os recursos e com benefícios fiscais para empresas que criem valor para todos os stakeholders, e não somente para os accionistas.

“O mercado não pode funcionar, especialmente a longo prazo, se não existirem fundamentais morais”, diz Jim Wallis, presidente e CEO da norte-americana Sojourners. Para Wallis, a verdade é que as pessoas deixaram de confiar nos líderes de negócio e nos políticos e que o Fórum Económico Mundial, com representantes de tantos sectores distintos, tem o potencial para restaurar essa confiança perdida e para criar um novo convénio social. “E o mundo está à procura de decisões com base nesses valores e não apenas de debates sobre esses mesmos valores”, rematou.

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