Face à situação singular em que estamos a viver, a Associação Cristã de Empresários e Gestores reforça a sua missão, junto dos seus associados e líderes empresariais no geral, no sentido de congregar esforços e encontrar formas de cooperação para ultrapassar esta crise.
É preciso não esquecer que todos somos interdependentes e que fazemos parte do mesmo caminho e solução
POR ACEGE
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Vivemos tempos de emergência nunca experimentados no mundo moderno. Uma realidade de contornos indefinidos e de enorme incerteza, que nos confronta com a nossa aparente impotência, os nossos limites e as nossas fragilidades. Uma realidade para a qual não há respostas definitivas, e cuja duração e consequências são ainda imprevisíveis.
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Uma emergência sanitária, que vai gerar uma nova emergência económica e social de contornos ainda não imagináveis, mas que já pede, e irá pedir, o melhor de cada um de nós, das nossas famílias e das empresas e organizações em todo o país para ser superada.
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É nesta realidade que as empresas e as organizações se estão a redefinir e a procurar continuar a sua acção, para além do covid-19. São milhares de líderes e equipas que procuram minimizar o impacto brutal recebido, que colocou em causa negócios prósperos e viáveis, procurando assegurar a viabilidade das suas empresas, a entrega de produtos e serviços, a manutenção de postos de trabalho, o pagamento de salários e das obrigações fiscais e bancárias. Tempos difíceis que pedem decisões difíceis, muitas vezes tomadas sem todos os dados necessários e no silêncio da consciência de cada um.
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Nesse sentido, a ACEGE reforça o seu agradecimento a todos os que continuam a lutar pelas suas empresas e apela aos seus associados que tenham a ousadia de enfrentar todas as situações, mesmo as mais difíceis, com coragem, responsabilidade e esperança, assumindo critérios de racionalidade, de solidariedade e de procura do Bem Maior para as suas empresas, mas também, para todos os que se relacionam com elas. Não nos podemos deixar vencer pelo medo ou pelo egoísmo, assumindo posições reativas, de fuga, desânimo ou de desespero.
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Os líderes empresariais, com os talentos que Deus lhes deu, estão na linha da frente do combate à crise económica e social, são por definição construtores de esperança, capazes de inovar, resistir, sofrer e ser ousados na criação de valor, na construção do nosso futuro. Por isso, tantos esperam o seu exemplo de liderança e procura do Bem Maior.
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Este é um momento de superação, de não nos deixarmos isolar nos nossos problemas, mas apostarmos na cooperação entre todos – governo, organizações e pessoas. Este é o momento de reforçar ainda mais as redes, olhando para os outros e para as outras empresas como para nós mesmos, aplicando os critérios do amor e da verdade que nos transformam e transformam o mundo. Este é o momento de tentarmos, até ao limite da razoabilidade económica, encontrar formas de cooperação e estratégias criativas para manter o emprego e as empresas. Todos somos interdependentes, fazemos parte do mesmo caminho e somos parte da solução.
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É por isso importante, nesta fase, ter uma acção discernida, serena, e assumindo critérios claros e seguros. A crise pede-nos rigor, competência, energia, exigência. Mas também paciência, generosidade e confiança. É isso que nos é pedido, é isso que teremos de procurar dar.
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Nesse sentido a ACEGE coloca alguns critérios orientadores para as decisões:
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Refletir todas as decisões, pedindo o discernimento para procurar sempre o Bem Maior;
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Cumprir todos os planos e procedimentos ao alcance da sua empresa que promovam a contenção da propagação do vírus, assumindo uma postura de responsabilidade social, mesmo que tal implique custos acrescidos;
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Manter uma comunicação aberta, franca e transparente com os colaboradores, partilhando dificuldades e desafios, respeitando os seus direitos legais e utilizando o despedimento como último recurso e, nessa inevitabilidade, assumindo critérios de responsabilidade social;
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Não tirar partido, nem proveito, da realidade existente para o não cumprimento das obrigações perante os fornecedores de bens e serviços, nomeadamente o pagamento no prazo aos fornecedores, de modo a não provocar constrangimentos de liquidez;
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Fortalecer o conhecimento da realidade social e familiar dos colaboradores, para reforçar gestos e sistemas internos de solidariedade. A protecção da Família deve também estar no centro das preocupações, porque numa crise, cada colaborador é ele próprio e a sua circunstância familiar;
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Não deixar de acreditar, procurar a reinvenção dos seus negócios, inovar as estratégias e estar aberto a novas oportunidades e âmbitos de cooperação e entreajuda empresarial que possam criar desenvolvimento económico. A crise não durará para sempre.
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Nessa mesma linha, a ACEGE iniciará um conjunto de sessões on-line, com apresentação de boas-práticas empresarias, testemunhos pessoais e reposição das melhores conferências realizadas na associação, que pretende ser um espaço de partilha e desafio ao longo deste período de crise.
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Que cada um possa aceitar este desafio de colocar a sua capacidade empreendedora, os seus talentos de liderança, a sua influência, os seus recursos e o seu poder ao serviço da superação desta crise, reafirmando sempre a esperança na Vida e ousando com humildade ser construtor do futuro, sabendo que Deus senhor da Vida, nos dará a força, o saber e a coragem necessária para o desafio que temos pela frente: Construir a esperança na crise
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Uma nota final de homenagem ao António Vieira Monteiro, e a todos os que, como ele, se empenham com justiça, verdade e ética no desenvolvimento económico e sofreram ou vão sofrer com esta a doença.
Lisboa, dia de São José e do Pai, 19 de março de 2020
A Direcção Nacional da ACEGE
Certo de que vamos saír da crise melhor do que entramos, gostaria de ver nesta altura concretizadas as intenções que se expressam, certamente com a melhor das boas vontades, mas que não chegam a ver a luz do dia.
Muitas empresas e prestadores de serviços, sobretudo serviços intelectuais, poderiam neste momento desenvolver trabalho útil e interessante e reduzir o decréscimo de facturação das empresas.
Seria óptimo se a ACEGE estabelecesse uma bolsa de oferta e procura para aproveitar este enorme potencial e ao mesmo tempo evitar o definhamento de muitas empresas e a liquidação de competências.
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