Covid-19 e a década que se segue
Esta pandemia revelou algumas verdades cruas sobre a escala dos riscos sistémicos que enfrentamos e sobre a ausência de resiliência patente nos nossos modelos operativos actuais
Como viver entre a vontade e o medo de abraçar?
É muito provável que as marcas do isolamento provocadas pela quarentena estejam para ficar e que a forma como nos relacionamos com os outros, em conjunto com muitos hábitos e comportamentos, possa mudar definitivamente
Mostre-me o seu passaporte de imunidade, se fizer favor
“Estes certificados são realmente apelativos – a não ser que sejamos uma das muitas pessoas que terá de abrir mão do mundo sem ter qualquer tipo de culpa, e isso é discriminação: algumas pessoas poderão trabalhar, ter lazer e viajar. Outras não”
O medo de se entreabrir a porta
Se existe algo que tenhamos aprendido ao longo destes cerca de dois meses, é que não é possível confiar em data alguma, que planos não podem ser feitos, e que, no geral, continuaremos à mercê do comportamento errático de um vírus invisível. E como vai ser viver com isso?
Socorro, não conseguimos ser super-pais e super-trabalhadores em simultâneo
A vida não está fácil para ninguém, mas dêem graças aqueles que podem continuar a trabalhar sem terem de se preocupar com as aulas à distância dos filhos, com refeições a horas certas para preparar, com miúdos pequenos para entreter, com banhos para dar, histórias para contar e, sobretudo, com o medo de falhar enquanto pais e profissionais
Como manter a sanidade mental dentro de quatro paredes
Em toda a história da humanidade, as pessoas sempre procuraram a estrutura de grupo como forma de interagir com outros seres humanos, ou seja, é antinatural não o fazer
Porque o medo também é contagioso
“O que faz o coronavírus ser particularmente alarmante é o facto de estar rodeado de incógnitas e, mesmo sabendo-se que, no abstracto, a doença pode ser considerada como ‘ligeira’, a verdade é que tal não ajuda a inibir o medo”
Os perigos de “seguirmos a nossa paixão”
Existe uma enorme diferença entre controlarmos a nossa paixão ou deixar que seja ela a controlar-nos
A batalha para a confiança será travada no campo do comportamento...
A análise identificou que a confiança é construída de acordo com dois factores por excelência: a competência e o comportamento ético. E uma avaliação mais profunda demonstrou que, nos dias de hoje, nenhuma instituição é considerada como simultaneamente competente e ética
Os poucos super-ricos para os muitos super-pobres
Os governos têm de dar passos no sentido de reduzirem radicalmente o fosso existente entre os ricos e o resto da sociedade, dando prioridade ao bem-estar de todos os cidadãos em detrimento do crescimento insustentável e do lucro, para evitar um mundo que serve apenas para uns poucos privilegiados e que remete largos milhões para a pobreza